Pezão diz que não teme investigações da Lava Jato
Os nomes de Pezão, governador do Rio, e do ex-governador Sérgio Cabral foram citados nos depoimentos obtidos com acordos de delação premiada
Da Redação
Publicado em 1 de fevereiro de 2015 às 17h00.
Rio - O governador do Rio , Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou neste domingo, 1º, que não teme as investigações da operação Lava Jato. No sábado, 31, a coluna "Radar", da revista "Veja", publicou que os nomes de Pezão e do ex-governador Sérgio Cabral foram citados nos depoimentos obtidos com acordos de delação premiada.
"Isso já foi falado durante a campanha. Não tenho temor nenhum", afirmou Pezão, ao deixar a cerimônia de posse dos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Segundo o governador, seu patrimônio está aberto às investigações, e seus contatos com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e é a principal testemunha da operação Lava Jato, foram todos sobre obras de infraestrutura de apoio ao Complexo Petroquímico do Estado do Rio (Comperj), em construção pela estatal em Itaboraí, na região metropolitana.
"Estou aberto, sempre coloquei meu nome, meu patrimônio à disposição de todos. Tenho muita tranquilidade. Em nenhum momento tive algum contato que se relacionasse a essa operação. Volto a repetir que sempre mantive com o ex-diretor Paulo Roberto discussões em cima dos projetos e das exigências que haviam para levar o Arco Metropolitano até o Comperj, para fazer o porto em São Gonçalo e para diversas iniciativas que beneficiavam o complexo petroquímico. Estou a disposição das autoridades", afirmou Pezão.
Em breve discurso na cerimônia na Alerj, o governador ressaltou a importância da independência do Legislativo estadual e conclamou os deputados a apoiá-lo na aprovação de medidas para "enfrentar o momento difícil do Estado e do País". "Vamos vencer esse momento difícil na economia", disse Pezão, garantindo que governo do Estado racionalizará custos, mas não deixará de fazer investimentos e custear a educação e a saúde.
Em entrevista após o discurso, o governador citou como uma das primeiras medidas que mandará à Assembleia a suspensão de incentivos fiscais e de crédito por meio da agência de fomento estadual (AgeRio) para empresas que recorrem à Justiça questionando o recolhimento de tributos e fazem o pagamento em juízo.
"Vou cassar esses benefícios. Há diversas empresas (nessa situação). O Estado precisa ter essas receitas", afirmou Pezão.
Na última quinta-feira, dia 29, o governador ameaçou suspender benefícios fiscais concedidos à Petrobras em resposta à falta de pagamento de participações especiais pela exploração do campo de Lula, que estão sendo depositadas em juízo. Pezão tratou do tema em reunião com a presidente Dilma Rousseff na quarta-feira.
As medidas chegarão à Alerj após o Carnaval, informou o governador. Outro assunto que o governo estadual mandará ao Legislativo será o projeto de lei para obrigar as indústrias a usarem água de reúso.
Rio - O governador do Rio , Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou neste domingo, 1º, que não teme as investigações da operação Lava Jato. No sábado, 31, a coluna "Radar", da revista "Veja", publicou que os nomes de Pezão e do ex-governador Sérgio Cabral foram citados nos depoimentos obtidos com acordos de delação premiada.
"Isso já foi falado durante a campanha. Não tenho temor nenhum", afirmou Pezão, ao deixar a cerimônia de posse dos deputados estaduais, na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Segundo o governador, seu patrimônio está aberto às investigações, e seus contatos com o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que fez acordo de delação premiada e é a principal testemunha da operação Lava Jato, foram todos sobre obras de infraestrutura de apoio ao Complexo Petroquímico do Estado do Rio (Comperj), em construção pela estatal em Itaboraí, na região metropolitana.
"Estou aberto, sempre coloquei meu nome, meu patrimônio à disposição de todos. Tenho muita tranquilidade. Em nenhum momento tive algum contato que se relacionasse a essa operação. Volto a repetir que sempre mantive com o ex-diretor Paulo Roberto discussões em cima dos projetos e das exigências que haviam para levar o Arco Metropolitano até o Comperj, para fazer o porto em São Gonçalo e para diversas iniciativas que beneficiavam o complexo petroquímico. Estou a disposição das autoridades", afirmou Pezão.
Em breve discurso na cerimônia na Alerj, o governador ressaltou a importância da independência do Legislativo estadual e conclamou os deputados a apoiá-lo na aprovação de medidas para "enfrentar o momento difícil do Estado e do País". "Vamos vencer esse momento difícil na economia", disse Pezão, garantindo que governo do Estado racionalizará custos, mas não deixará de fazer investimentos e custear a educação e a saúde.
Em entrevista após o discurso, o governador citou como uma das primeiras medidas que mandará à Assembleia a suspensão de incentivos fiscais e de crédito por meio da agência de fomento estadual (AgeRio) para empresas que recorrem à Justiça questionando o recolhimento de tributos e fazem o pagamento em juízo.
"Vou cassar esses benefícios. Há diversas empresas (nessa situação). O Estado precisa ter essas receitas", afirmou Pezão.
Na última quinta-feira, dia 29, o governador ameaçou suspender benefícios fiscais concedidos à Petrobras em resposta à falta de pagamento de participações especiais pela exploração do campo de Lula, que estão sendo depositadas em juízo. Pezão tratou do tema em reunião com a presidente Dilma Rousseff na quarta-feira.
As medidas chegarão à Alerj após o Carnaval, informou o governador. Outro assunto que o governo estadual mandará ao Legislativo será o projeto de lei para obrigar as indústrias a usarem água de reúso.