Greve geral atinge 14 unidades da Petrobras em 12 estados
Além de mudanças na Previdência e cortes na Educação, os petroleiros protestam contra o que classificam de desmonte da estatal
Estadão Conteúdo
Publicado em 14 de junho de 2019 às 10h41.
Última atualização em 14 de junho de 2019 às 13h24.
Rio - A Federação Única dos Petroleiros (FUP) atualizou no fim da manhã desta sexta-feira, 14, os números da greve geral que foi convocada para esta sexta-feira em todo País contra a reforma da Previdência e os cortes feitos pelo governo de Jair Bolsonaro no setor educacional. Segundo a federação, subiram de nove para 14 as unidades da Petrobras atingidas pelo movimento, localizadas em 12 Estados, sendo 10 refinarias.
"Com a adesão nesta manhã dos petroleiros da Refinaria de Lubrificantes e Derivados do Nordeste (Lubnor), já são 10 as unidades de refino sem trocas de turnos", informou a FUP.
Além de mudanças na Previdência e cortes na Educação, os petroleiros protestam contra o que classificam de desmonte da Petrobras, referindo-se ao Plano de Desinvestimentos da companhia que foi liberado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a entidade, os petroleiro não entraram para trabalhar no turno da zero hora no Terminal Aquaviário de Suape, em Pernambuco, na Termelétrica Aureliano Chaves, em Minas Gerais, na SIX (unidade de processamento de xisto, no Paraná), e na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia.
Na bacia de Campos, a categoria está desde as primeiras horas do dia realizando Operação Padrão nas plataformas, com a execução de todos os procedimentos com o máximo de rigor e critério possível.
Pela manhã, a greve ganhou o reforço dos trabalhadores da Transpetro e das demais unidades do Sistema Petrobras. A categoria também participará dos atos unificados desta sexta, convocados pelas centrais sindicais, nas principais cidades e capitais do País.
Procurada, a Petrobras ainda não se manifestou sobre a greve nesta sexta-feira. Na quinta-feira, disse que iria manter o abastecimento normalizado.
No Rio, a previsão é de que haja uma concentração de trabalhadores às 15h na Candelária, no Centro da Cidade, que deve contar com a adesão dos empregados da Eletrobras, que também estão em negociação salarial.
De acordo com o presidente da Associação dos Empregados da Eletrobras (Aeel), Emanuel Mendes, houve adesão de 80% no prédio administrativo da empresa no Centro do Rio, mas a estatal ainda não se pronunciou sobre o assunto. "Só a diretoria entrou", disse Mendes ao Broadcast.
Na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) não houve adesão à paralisação, informou a assessoria.