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Pensei no que era melhor para o Brasil, diz Fux sobre voto no TSE

O ministro do Supremo Tribunal Federal foi responsável por um dos três votos pela cassação de Temer

Luiz Fux: o julgamento terminou com um placar de quatro votos pela manutenção de Temer na Presidência contra três votos pela condenação (Ueslei Marcelino/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de junho de 2017 às 13h31.

Última atualização em 12 de junho de 2017 às 15h02.

São Paulo - O ministro do Supremo Tribunal Federal ( STF ) Luiz Fux disse na manhã desta segunda-feira, 12, que, durante o julgamento da chapa Dilma-Temer pelo Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), pensou no que era melhor para o Brasil e que não disputou vaidades.

"Não disputei vaidades, pensei no que era melhor para o Brasil", afirmou para uma plateia de empresários e representantes do mercado financeiro que participaram do evento "Brasil Futuro - Direito, Economia e Desenvolvimento", que a Consulting House realiza em São Paulo.

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Essa é a primeira participação do ministro em evento público depois do julgamento que absolveu a chapa Dilma-Temer, mantendo no poder o presidente Michel Temer. O mandatário foi absolvido por um placar de quatro votos pela manutenção de Temer na Presidência contra três votos pela condenação.

Fux foi um dos três votos pela cassação de Temer, seguindo o voto do relator Herman Benjamin, que também foi seguido pela ministra Rosa Weber.

"Eu não consegui me curvar à ideia de que o que estava sendo discutido no Tribunal, uma questão de fundo seriíssima, utilizando-se de um artifício, era: não, não, isso não estava na ação", criticou o ministro.

O julgamento foi marcado por debates sobre a inclusão das delações da Odebrecht e do casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura no processo, posição defendida pelo ministro-relator.

Fux, que discorreu durante o sua participação no evento sobre o Direito Econômico, ao encerrar sua palestra, voltou-se para a plateia e disse: "Os senhores podem estar certos de que o Judiciário não faltará ao Brasil nestes momentos de dor."

Ainda segundo o ministro, "O Judiciário vai levar o Brasil ao Porto, e, não, ao naufrágio".

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