Paulo Guedes descarta possibilidade de ser um "superministro" de Bolsonaro
"Não existe 'posto Ipiranga', salvador da Pátria. Isso é uma construção coletiva", afirmou Guedes em entrevista para GloboNews
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de agosto de 2018 às 12h07.
Última atualização em 31 de agosto de 2018 às 10h35.
São Paulo - O economista Paulo Guedes , um dos principais nomes da equipe do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), descartou a possibilidade de ser um superministro em um eventual governo do candidato. Em entrevista ao programa Central das Eleições, da GloboNews, na noite de quinta-feira, 23, o economista disse ainda que não há salvador da Pátria.
"Não existe 'posto Ipiranga', salvador da Pátria. Isso é uma construção coletiva", afirmou Guedes, em referência à maneira como Bolsonaro o chama publicamente, já que o consulta quando o assunto é economia.
Paulo Guedes é ex-sócio do Pactual (hoje BTG) e do Ibmec, e atual sócio da Bozano Investimentos. Ele é o responsável por formular o programa econômico do candidato do PSL.
Na entrevista, Guedes também descartou a ideia de ser um superministro. "O economista vai propor coisas duras, o presidente vai dar uma amaciada e depois, quando ele for negociar com o Congresso, vão dar outra amaciada", disse.
Segundo ele, o resultado final seria um projeto diferente do que o economista propôs e do que o Congresso queria. "Como sempre aconteceu, é a história do Brasil."
No programa, Guedes comentou ainda sobre projetos para educação, agricultura, previdência e apresentou ideias para reduzir o déficit público.
Ele defendeu também a venda de empresas estatais. "A União tem que vender ativo. A Petrobras vende refinaria. E o governo pode vender a Petrobras, por que não?", questionou.