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Parlamentares querem investigação sobre gasto milionário do governo em leite condensado

Lista de compras do governo federal em 2020 contém chicletes, sagu, pizza e até vinho. Parlamentarem pediram investigação do TCU

Leite condensado. (EugeneTomeev/Thinkstock)
GG

Gilson Garrett Jr

Publicado em 26 de janeiro de 2021 às 19h22.

Última atualização em 27 de janeiro de 2021 às 12h05.

Os deputados federais Tabata Amaral (PDT-SP) e Felipe Rigoni (PSB-ES), e o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) protocolaram nesta terça-feira, 26, um pedido de investigação no Tribunal de Contas da União (TCU) sobre compras milionárias do governo federal com insumos para alimentação do Poder Executivo em 2020.

Entre os itens estão leite condensado (15,6 milhões de reais); chiclete (2,2 milhões de reais); chantilly (1,7 milhão de reais); e até sagu (2,2 milhões). A lista completa, revelada em reportagem do jornalMetrópoles, teve um custo total de 1,8 bilhão de reais e foi 20% superior ao gasto de 2019, antes da pandemia de covid-19, segundo informações do Ministério da Economia.

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Em sua conta no Twitter, a deputada Tabata Amaral disse que o pedido de investigação foi feito porque “é um deboche gastar milhões com chiclete, leite condensado e outros supérfluos”. O deputado Rigoni foi além e disse que gastar este valor em plena pandemia “precisa ser apurado”.

Segundo a reportagem do Metrópoles, a maior parte das compras foi destinada ao Ministério da Defesa . O gasto total para a alimentação das tropas somou 632 milhões de reais. Na lista há itens que foram bancados em sua maior parte pela pasta, como a compra de vinhos em um valor total de 2,5 milhões de reais.

Em nota, o Ministério da Defesa disse que fornece alimentação diária a todos os militares e civis que permanecem em atividades essenciais da pasta.

“A aquisição de alimentos variados e conforme a disponibilidade de mercado, leva em consideração, naturalmente, que o fornecimento de uma dieta inadequada tem potencial de deixar de conduzir o homem a um estado nutricional saudável para a realização de suas atividades laborais”, diz o texto enviado à imprensa.

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