Para Marun, do PMDB, PF está de parabéns pela prisão de Geddel
Para o parlamentar, a prisão do correligionário entristece os integrantes da legenda, mas mostra que a PF cumpriu seu trabalho
Estadão Conteúdo
Publicado em 8 de setembro de 2017 às 11h17.
Brasília - Vice-líder do PMDB na Câmara, o deputado Carlos Marun (MS) afirmou nesta sexta-feira (8) que a Polícia Federal está de parabéns pela prisão do ex-ministro peemedebista Geddel Vieira Lima . Para o parlamentar, a prisão do correligionário entristece os integrantes da legenda, mas mostra que a PF cumpriu seu trabalho de investigação, sem ficar presa apenas a fala de delatores.
"Claro que entristece, mas é resultado das investigações. Isso prova que a delação deve ser meio de prova para que haja a investigação. A PF investigou e chegou a esse resultado que foi estampado por todos os jornais. Está de parabéns a Polícia Federal, que não ficou como muitos preguiçosos, que só ficam com a delação premiada", disse o parlamentar.
Marun admitiu que a prisão de Geddel, ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer, não é boa para o PMDB, mas tentou afastar os possíveis crimes do ex-ministro da legenda. "Bom não é, mas é uma coisa que está concentrada na pessoa dele", afirmou. Segundo ele, por enquanto, o partido não deve tomar nenhuma atitude contra o ex-ministro. "O pior que podia acontecer já aconteceu, que foi ele está preso", declarou.
O líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini (SP), também tentou afastar ligação de Geddel com a sigla. "Ele não tem nada a ver com o PT, foi indicação do Michel Temer", disse o petista, ao se referir à indicação de Geddel para comandar o Ministério da Integração Nacional durante o segundo governo Lula. "Ninguém sabia que ele tinha aquelas malas de dinheiro. Você vai adivinhar? Foi uma indicação política", disse.
Prisão
A Polícia Federal prendeu Geddel na manhã desta sexta-feira (8) em Salvador por decisão da 10ª Vara de Brasília. Ele foi detido no prédio em que já cumpria prisão domiciliar, no bairro Jardim Apipema, por volta das 5h40. A medida é mais uma fase da Operação Cui Bono, um desdobramento da Lava Jato conduzido pelo Ministério Público Federal no Distrito Federal. O ex-ministro deverá ficar preso em Brasília.
A prisão aconteceu três dias após a PF encontrar R$ 51 milhões de Geddel em um apartamento na capital soteropolitana que teria sido emprestado ao ex-ministro por um empresário amigo. O valor estava distribuído em oito caixas e seis malas. Os policiais acharam as digitais de Geddel no imóvel. Os valores apreendidos serão transportados a um banco, onde será depositado em conta judicial.