Exame Logo

Pagamento de servidores do DF não tem previsão, diz governo

Números mostram que foi deixada uma dívida de R$ 3,1 bilhões ao próximo governo, resultado dos salários de servidores atrasados, sem previsão de pagamento

Distrito Federal: são aproximadamente 44 mil servidores da saúde e 73 mil da educação que estão sem receber (Zel Nunes/Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2015 às 21h31.

Brasília -A situação é muito grave nas contas do governo do Distrito Federal (GDF). Essas palavras, já usadas pelo governador eleito Rodrigo Rollemberg, foram repetidas hoje (6) pela sua equipe de governo em coletiva à imprensa.

Os números preliminares apresentados hoje dão conta de uma dívida de R$ 3,1 bilhões deixada pelo governo anterior. O resultado são salários de servidores atrasados, sem previsão para pagamento.

“Não podemos garantir aos servidores que eles receberão o salário no dia 8. Estamos fazendo o possível para que o salário saia nesse dia. Agora, não temos condições reais, ou seja, dinheiro, para garantir isso”, explicou o chefe da Casa Civil do DF, Hélio Doyle.

São aproximadamente 44 mil servidores da saúde e 73 mil da educação que estão sem receber alguma parte de suas remunerações.

Doyle, acompanhado de outros secretários de governo, expuseram o problema. Segundo os números preliminares apurados, o governo Agnelo Queiroz deixou de pagar R$ 76,8 milhões de gratificação natalina de servidores da educação, R$ 73,3 milhões de gratificação natalina de servidores da saúde, além de um terço de férias de servidores das duas áreas, acrescentando mais de R$ 110 milhões às dívidas.

Além disso, o governo anterior deixou uma dívida de R$ 1 bilhão em empenhos não pagos.

Somados aos R$ 3,1 bilhões estão os compromissos de janeiro, calculados em R$ 2,4 bilhões, que também precisam ser honrados pelo governo. Segundo o GDF, a receita para o mês é R$ 2 bilhões. O secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, adiantou que a crise não será resolvida rapidamente.

“Hoje, o GDF tem um rombo já identificado nas suas contas de R$ 3,5 bilhões. Nós temos que arrumar um jeito de resolver isso, seja com incremento de receita, seja com corte de despesas. É nosso trabalho daqui pra frente. Com certeza isso não será solucionado em um prazo curto. Teremos muitas dificuldades para solucionar esse déficit”.

A equipe liderada por Doyle não adiantou nenhuma medida para começar a diminuir as dívidas do governo, mas explicou que estão trabalhando com várias possibilidades.

O chefe da Casa Civil informou que, possivelmente, na próxima semana, anunciará as primeiras medidas para ajudar a resolver o problema. “Em quatro, cinco dias, o governo deve anunciar medidas de contenção que estão sendo feitas. A gente está consciente do problema, de economizarmos, não gastar. A situação é muito grave”.

O GDF pediu ao governo federal o adiantamento de uma parcela do Fundo Constitucional pago ao DF, mas ainda não recebeu a resposta do Ministério da Fazenda. Doyle atribuiu o descontrole nas contas do governo anterior à concessão de reajustes acima da capacidade de arrecadação.

“Nada contra os reajustes, mas você só pode dar um reajuste quando você tem dinheiro pra pagar, senão leva a uma situação como essa. Essa foi a grande irresponsabilidade do governo anterior. A gente localiza essa irresponsabilidade no governador e no secretário de Administração. A gente tem notícias de que esses reajustes foram dados apesar da posição contrária de outros secretários importantes do governo passado”, disse Doyle.

Veja também

Brasília -A situação é muito grave nas contas do governo do Distrito Federal (GDF). Essas palavras, já usadas pelo governador eleito Rodrigo Rollemberg, foram repetidas hoje (6) pela sua equipe de governo em coletiva à imprensa.

Os números preliminares apresentados hoje dão conta de uma dívida de R$ 3,1 bilhões deixada pelo governo anterior. O resultado são salários de servidores atrasados, sem previsão para pagamento.

“Não podemos garantir aos servidores que eles receberão o salário no dia 8. Estamos fazendo o possível para que o salário saia nesse dia. Agora, não temos condições reais, ou seja, dinheiro, para garantir isso”, explicou o chefe da Casa Civil do DF, Hélio Doyle.

São aproximadamente 44 mil servidores da saúde e 73 mil da educação que estão sem receber alguma parte de suas remunerações.

Doyle, acompanhado de outros secretários de governo, expuseram o problema. Segundo os números preliminares apurados, o governo Agnelo Queiroz deixou de pagar R$ 76,8 milhões de gratificação natalina de servidores da educação, R$ 73,3 milhões de gratificação natalina de servidores da saúde, além de um terço de férias de servidores das duas áreas, acrescentando mais de R$ 110 milhões às dívidas.

Além disso, o governo anterior deixou uma dívida de R$ 1 bilhão em empenhos não pagos.

Somados aos R$ 3,1 bilhões estão os compromissos de janeiro, calculados em R$ 2,4 bilhões, que também precisam ser honrados pelo governo. Segundo o GDF, a receita para o mês é R$ 2 bilhões. O secretário de Fazenda, Leonardo Colombini, adiantou que a crise não será resolvida rapidamente.

“Hoje, o GDF tem um rombo já identificado nas suas contas de R$ 3,5 bilhões. Nós temos que arrumar um jeito de resolver isso, seja com incremento de receita, seja com corte de despesas. É nosso trabalho daqui pra frente. Com certeza isso não será solucionado em um prazo curto. Teremos muitas dificuldades para solucionar esse déficit”.

A equipe liderada por Doyle não adiantou nenhuma medida para começar a diminuir as dívidas do governo, mas explicou que estão trabalhando com várias possibilidades.

O chefe da Casa Civil informou que, possivelmente, na próxima semana, anunciará as primeiras medidas para ajudar a resolver o problema. “Em quatro, cinco dias, o governo deve anunciar medidas de contenção que estão sendo feitas. A gente está consciente do problema, de economizarmos, não gastar. A situação é muito grave”.

O GDF pediu ao governo federal o adiantamento de uma parcela do Fundo Constitucional pago ao DF, mas ainda não recebeu a resposta do Ministério da Fazenda. Doyle atribuiu o descontrole nas contas do governo anterior à concessão de reajustes acima da capacidade de arrecadação.

“Nada contra os reajustes, mas você só pode dar um reajuste quando você tem dinheiro pra pagar, senão leva a uma situação como essa. Essa foi a grande irresponsabilidade do governo anterior. A gente localiza essa irresponsabilidade no governador e no secretário de Administração. A gente tem notícias de que esses reajustes foram dados apesar da posição contrária de outros secretários importantes do governo passado”, disse Doyle.

Acompanhe tudo sobre:distrito-federalSaláriosServidores públicos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame