Exame Logo

Oposição na Câmara quer encerrar sessão após tumulto em protesto

A base aliada do governo, no entanto, disse que o regimento interno prevê como caso de suspensão dos trabalhos apenas tumulto grave dentro do Plenário

Câmara dos Deputados: a oposição cobrou do deputado Carlos Manato (SD-ES), que presidia os trabalhos há pouco, o encerramento da sessão (Gian Kojikovski/Exame Hoje)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2017 às 16h14.

Última atualização em 24 de maio de 2017 às 16h15.

Neste momento, os deputados de oposição ocupam a Mesa Diretora erguendo uma faixa com os dizeres “Fora Temer” e pedem, em coro, a saída do presidente da República e eleições diretas.

A oposição cobrou do deputado Carlos Manato (SD-ES), que presidia os trabalhos há pouco, o encerramento da segunda sessão extraordinária desta quarta-feira (24) por conta do tumulto que tomou conta da Esplanada dos Ministérios, onde há enfretamento entre manifestantes do movimento #ocupabrasília e policiais militares do Distrito Federal.

Veja também

O deputado Orlando Silva (PCdoB-SP) disse que uma manifestação, até então pacífica pela saída do presidente Michel Temer e por eleições diretas, foi “brutalmente atacada por forças policiais”.

“Vários parlamentares que estavam no carro de som principal foram atingidos. Uma bomba foi jogada sobre o carro para intimidar lideranças sindicais”, disse Silva, cobrando de Manato o encerramento dos trabalhos.

A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) também criticou a ação da polícia. “Tinha um aparato policial que eu nunca vi. Jogaram bomba no rosto de parlamentares, havia deputado passando mal, senadora passando mal”, contou Feghali também pedindo o fim da sessão.

Apoiado no regimento

Em resposta, Manato disse que o regimento interno prevê como caso de suspensão dos trabalhos apenas tumulto grave dentro do Plenário. “Vou seguir o regimento da Casa. O regimento fala em tumulto grave, mas aqui dentro. Não estou vendo tumulto, não estou vendo briga. A sessão vai continuar”, respondeu Manato.

O líder da Minoria, deputado José Guimarães (PT-CE), insistiu. “Eu, para chegar aqui, levei uma hora, entupido de gás nos meus olhos. Cancelemos isso aqui agora. Tem vários parlamentares sendo atendidos. A decência nos manda [encerrar a sessão]”, disse Guimarães.

O líder do PP, deputado Arthur Lira (AL), por sua vez, defendeu a posição de Manato e rebateu o líder da Minoria. “Eu ouvi do deputado André Figueiredo que 330 black blocks infiltrados começaram a confusão atirando pedra na polícia. E a polícia tem que se defender e defender a integridade de todos que fazem manifestação”, disse Lira, que ainda acusou Guimarães de mentir.

“E aqui vem o Zé Guimarães, com toda a eloquência, mentir sobre o que ocorre lá fora. Prendam-se os black blocks e mantenham a integridade física dos parlamentares”, disse.

+ 57

Acompanhe tudo sobre:Câmara dos DeputadosMichel TemerOposição políticaProtestos

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame