ONU Mulheres condena estupro coletivo de jovem no Rio
A ONU Mulheres também condenou o estupro registrado em Bom Jesus, no Piauí, onde outra mulher teria sido vítima de um ato cometido por cinco homens
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2016 às 14h55.
Cidade do Panamá - O estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro e outros incidentes similares no Brasil foram condenados nesta segunda-feira pela ONU Mulheres.
Na última quarta-feira, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou a violenta ação contra a adolescente em uma favela no vídeo. Ela aparece desmaiada, enquanto o autor da gravação comenta que ela foi estuprada por pelo menos 30 homens.
A diretora regional da ONU Mulheres para as Américas e o Caribe, Luiza Carvalho, indicou em comunicado que o fato é agravado pela brutalidade pelo qual foi cometido e a degradação à qual a vítima foi submetida devido à divulgação das imagens na internet.
A ONU Mulheres também condenou o estupro registrado em Bom Jesus, no Piauí, onde outra mulher teria sido vítima de um ato cometido por cinco homens, caso que continua sendo investigado pelas autoridades.
Carvalho condenou o ato e exigiu que as autoridades competentes apliquem a lei contra os agressores e protejam a intimidade e a dignidade das vítimas.
Ambos os fatos provocaram uma onda de rejeição e comoção na comunidade internacional, entidades públicas, organizações da sociedade civil e imprensa. Além disso, políticos e artistas fizeram firmes declarações contra a violência contra as mulheres no Brasil.
Após o incidente, o presidente interino Michel Temer anunciou que criará uma delegacia especial da Polícia Federal para combater os crimes contra a mulher e destacou que o governo está mobilizado, junto com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, "para punir com rigor os autores do estupro".
A diretora da ONU Mulheres, além disso, destacou que os homicídios relacionados com gênero constituem a manifestação extrema das formas de violência que existem contra a mulher.
"Ao ver de uma maneira sistemática a violência que ocorre no Brasil e no resto da América Latina, podemos ver as correlações entre os crimes cometidos contra as mulheres, incluído o estupro, com as altas taxas de feminicídio", disse Carvalho.
De acordo com o último relatório da Convenção de Genebra, divulgado em 2011, 14 dos 25 países com taxas mais elevadas desse tipo de crime estão na América Latina.
A entidade pede a reflexão profunda e urgente sobre a cultura de impunidade e tolerância das recentes agressões, além dos modelos negativos de masculinidade que estão por trás dos fatos que produzem e aprovam condutas de agressão, dominação e violência contra as mulheres e as meninas.
Segundo indicadores da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) revelam que a iniciação sexual forçada e não deseja ocorre precocemente com muitas meninas na região e que a América Latina é a região com maior registro de assassinatos de mulheres.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no país.
Cidade do Panamá - O estupro coletivo de uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro e outros incidentes similares no Brasil foram condenados nesta segunda-feira pela ONU Mulheres.
Na última quarta-feira, um vídeo divulgado nas redes sociais mostrou a violenta ação contra a adolescente em uma favela no vídeo. Ela aparece desmaiada, enquanto o autor da gravação comenta que ela foi estuprada por pelo menos 30 homens.
A diretora regional da ONU Mulheres para as Américas e o Caribe, Luiza Carvalho, indicou em comunicado que o fato é agravado pela brutalidade pelo qual foi cometido e a degradação à qual a vítima foi submetida devido à divulgação das imagens na internet.
A ONU Mulheres também condenou o estupro registrado em Bom Jesus, no Piauí, onde outra mulher teria sido vítima de um ato cometido por cinco homens, caso que continua sendo investigado pelas autoridades.
Carvalho condenou o ato e exigiu que as autoridades competentes apliquem a lei contra os agressores e protejam a intimidade e a dignidade das vítimas.
Ambos os fatos provocaram uma onda de rejeição e comoção na comunidade internacional, entidades públicas, organizações da sociedade civil e imprensa. Além disso, políticos e artistas fizeram firmes declarações contra a violência contra as mulheres no Brasil.
Após o incidente, o presidente interino Michel Temer anunciou que criará uma delegacia especial da Polícia Federal para combater os crimes contra a mulher e destacou que o governo está mobilizado, junto com a Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, "para punir com rigor os autores do estupro".
A diretora da ONU Mulheres, além disso, destacou que os homicídios relacionados com gênero constituem a manifestação extrema das formas de violência que existem contra a mulher.
"Ao ver de uma maneira sistemática a violência que ocorre no Brasil e no resto da América Latina, podemos ver as correlações entre os crimes cometidos contra as mulheres, incluído o estupro, com as altas taxas de feminicídio", disse Carvalho.
De acordo com o último relatório da Convenção de Genebra, divulgado em 2011, 14 dos 25 países com taxas mais elevadas desse tipo de crime estão na América Latina.
A entidade pede a reflexão profunda e urgente sobre a cultura de impunidade e tolerância das recentes agressões, além dos modelos negativos de masculinidade que estão por trás dos fatos que produzem e aprovam condutas de agressão, dominação e violência contra as mulheres e as meninas.
Segundo indicadores da Organização Pan-Americana da Saúde (OPS) revelam que a iniciação sexual forçada e não deseja ocorre precocemente com muitas meninas na região e que a América Latina é a região com maior registro de assassinatos de mulheres.
De acordo com dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, uma mulher é estuprada a cada 11 minutos no país.