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OMS: Brasil lida com "inferno furioso de surto" na pandemia

Membro da OMS diz que não existem vacinas suficientes no momento para tentar reduzir o risco de disseminação do coronavírus no Brasil

Na quinta-feira, o Brasil bateu um novo recorde diário de mortos pela Covid-19, com 4.249 óbitos registrados em 24 horas (Tarso Sarraf/Getty Images)
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Reuters

Publicado em 9 de abril de 2021 às 11h16.

Última atualização em 9 de abril de 2021 às 19h48.

O Brasil lida com um "inferno furioso de surto" na pandemia de Covid-19, disse nesta sexta-feira o consultor sênior da entidade Bruce Aylward, acrescentando que a situação exige que a população adote medidas de saúde pública.

Aylward afirmou ainda que simplesmente não existem vacinas suficientes no momento para tentar reduzir o risco de disseminação do coronavírus no Brasil, apontando que pelo mecanismo de acesso a vacinas Covax, apoiado pela OMS , certamente não há essa disponibilidade imediata.

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Na quinta-feira, o Brasil bateu um novo recorde diário de mortos pela Covid-19, com 4.249 óbitos registrados em 24 horas.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o país tem 13.279.857 casos confirmados da doença e 345.025 pessoas morreram de Covid-19 no Brasil, país que está atrás apenas dos Estados Unidos em números totais de casos e mortos pelo coronavírus.

Diálogo com o Ministério da Saúde

O comando da Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mantém contato direto com o Governo Federal do Brasil sobre a situação do coronavírus no País. Em entrevista coletiva em Genebra, na Suíça, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a reunião virtual que teve com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, no último sábado (3). "Esperamos que isso nos ajuda a avançar na parceria", disse.

Durante a coletiva, representantes da OMS foram questionados sobre a possibilidade de coordenar a resposta à pandemia diretamente com governadores e prefeitos, caso a gestão do presidente Jair Bolsonaro se recuse a agir "adequadamente" na reação ao vírus.

Diretor de emergência da Organização, Michael Ryan ressaltou que a nível técnico, existe trabalho direto com autoridades subnacionais. "Mas obviamente nosso engajamento político continua sendo com o Governo Federal, o que é apropriado para nós", explicou.

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