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Cinco candidatos a fazer história

Cinco atletas que prometem fazer história nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

TEDDY RINER: o judoca francês pode entrar para a história no Rio de Janeiro / Quinn Rooney/Getty Images
GK

Gian Kojikovski

Publicado em 4 de agosto de 2016 às 20h38.

Última atualização em 22 de junho de 2017 às 18h26.

Assim como a Copa do Mundo traz novidades táticas e consagra jogadores que marcam o futebol para sempre, os Jogos Olímpicos costumam ser palco para super atletas que, a cada quatro anos, mudam definitivamente a feição de suas modalidades para sempre. Foi assim nas últimas edições com o nadador americano Michael Phelps, ou com o velocista jamaicano Usain Bolt. Bolt e Phelps ainda podem sair do Rio com um punhado de ouros no pescoço, mas as revoluções devem vir de nomes mais jovens, sobre os quais deveremos ouvir muito nos próximos anos. EXAME Hoje selecionou cinco estrelas fortes candidatas não só ao ouro, mas a fazer história.

Katie Ledecky: não importa a distância
Natação, Estados Unidos

Não é exagero dizer que poucas atletas revolucionaram mais seu esporte em tão pouco tempo do que a nadadora americana Kathleen Genevieve Ledecky. Aos 19 anos, ela tem três recordes mundiais – nos 400, 800 e 1.500 metros livre – nove medalhas de campeã mundial e uma de ouro olímpica, conquistada em Londres, 2012, quando tinha apenas 15 anos. Tudo isso acontece porque Katie, como é chamada, colocou na cabeça que poderia nadar qualquer prova como se estivesse nadando curtas distâncias. Desde que bateu pela primeira vez o recorde dos 800m, em 2013, ela abaixou o tempo em mais de sete segundos. Com o de 1.500, foram mais de dez segundos. Katie é filha de uma dona de casa e de um advogado e começa em setembro na faculdade, em Stanford. No Rio, ela disputa três provas individuais – 200m, 400m e 800m -, além das coletivas, onde a equipe ainda não está definida.

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Kevin Durant: uma dinastia no basquete
Basquete, Estados Unidos

O americano Kevin Durant é o esportista mais bem pago entre todos que disputam os Jogos Olímpicos. Graças ao seu novo contrato com o Golden State Warriors, na NBA, vai ganhar 20,16 milhões de dólares na temporada 2017, sem contar contratos publicitários. Visto como um dos melhores jogadores em atividade no basquete mundial, o astro foi criticado por trocar o time que o consagrou por uma equipe cheia de astros. Junto com Klay Thompson e Stephen Curry, seu desafio é criar uma dinastia no esporte, batendo todos os recordes de pontos e vitórias. Durant encarna como ninguém a nova fase do basquete, ao unir um jogo forte no garrafão com uma incrível capacidade de acertar as bolas de três pontos. É uma combinação que faz dos Estados Unidos favoritaços ao ouro – e Durant, a uma das estrelas dos Jogos.

Novac Djokovic: o ídolo dos ídolos
Tênis, Sérvia

O sérvio Novac Djokovic é o tenista mais simpático do circuito mundial. Costuma dizer que aprendeu isso com o brasileiro Gustavo Kuerten, que é hors concours nesse quesito. Melhor do mundo desde julho de 2014, o feito de Djokovic não é pequeno. Até os mais saudosistas sabem que não há dúvidas de que o tênis vive o melhor momento de sua história. Djoko, como é conhecido, compete com os dois maiores vencedores de Grand Slams – quatro torneios mais importantes da temporada – de todos os tempos: Rafael Nadal e Roger Federer. Nos últimos dois anos, no entanto, só tem dado ele. Em 2016, venceu dois dos três torneios Grand Slams disputados até agora. Pela primeira vez, saiu vitorioso de Roland Garros, se tornando um dos oito homens a vencer todos os Grand Slams na carreira. Federer, uma quase unanimidade no esporte, diz que Djoko é o melhor de todos os tempos. O sérvio nasceu em Belgrado e viveu ainda na infância a guerra em decorrência do processo de separação da antiga Iugoslávia. Ele nunca venceu os Jogos Olímpicos – tem um bronze em 2008 – e costuma dizer que esse é o torneio mais importante de sua carreira.

Simone Biles: candidata a Comaneci
Ginástica, Estados Unidos

Existem cinco medalhas individuais na ginástica artística feminina sendo disputadas nos jogos do Rio de Janeiro. Cinco delas devem ir para a mesma pessoa: a americana Simone Biles. Com 19 anos, 1m45cm e 47 kg, ela está sendo comparada com a romena Nadia Comaneci, a única ginasta da história a conseguir uma nota 10 no esporte. A jovem Biles tem uma história de dificuldades. Aos dois anos, passou a ser criada por seus avôs, no Texas, porque sua mãe era viciada em álcool e drogas. Ela não tem nenhuma medalha olímpica porque, na ginástica artística, só é possível competir com adultos depois dos 16 anos – tinha 15 em 2012. Desde que pode entrar no ginásio, em 2013, acumulou 10 medalhas de ouro em campeonatos mundiais. O Rio guarda mais algumas lembranças douradas para a coleção.

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Teddy Riner: uma década de supremacia
Judô, França

Em setembro de 2007, o Rio de Janeiro foi palco para que o judoca Teddy Riner abrisse os olhos do mundo sobre o seu talento. Com 18 anos de idade, ele se tornara o mais jovem a conquistar um campeonato mundial na modalidade. Com 2m04 e 130 kg, Riner, nascido na ilha da Guadalupe, domina a categoria dos pesados do judô desde então. Ele ganhou todos os campeonatos mundiais na categoria acima de 100 kg que aconteceram depois daquela disputa – são oito ouros, que se somam a um conquistado na competição por equipes no mundial de 2011, em Paris e o tornam o atleta mais vitorioso da história da modalidade. Riner é tão superior aos outros judocas que sua última derrota foi em 2010, quando perdeu a final do Campeonato Mundial na categoria Aberto – que reúne atletas de todos os pesos – em uma decisão dos juízes muito contestada. A última vez que ele perdeu em sua categoria de peso foi nas Olimpíadas de 2008, quando ficou com o bronze. Desde então, foram mais de cem vitórias. No Rio, ele pode entrar definitivamente para o panteão das lendas.

 

 

 

 

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