O que o mundo falou sobre o pedido de impeachment de Dilma
A repercussão dos principais jornais do mundo sobre o possível impeachment da presidente Dilma Rousseff
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2015 às 07h17.
São Paulo - O presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha , aceitou o pedido para abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira.
O parecer aconteceu depois que a bancada petista optou por prosseguir com o processo de cassação do presidente da Câmara, que é acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente mentir na CPI da Petrobras sobre a titularidade de contas na Suíça.
O documento que deflagra o impeachment contra Dilma cita as consequências da Operação Lava Jato , a violação de leis orçamentárias e defende que as pedaladas fiscais continuaram a ser praticadas em 2015. Veja a íntegra do documento abaixo.
No mundo, o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma repercutiu como uma guerra política e uma consequência da crise econômica que o país enfrenta.
O jornal inglês The Guardian disse que a presidente Dilma estava “ultrajada" em seu discurso de resposta na televisão. O periódico cita Eduardo Cunha como inimigo político da presidente e descreve o momento econômico do Brasil como a pior recessão que país já sofreu desde 1929.
O norte-americano The New York Times diz que a presidente está "sitiada em um momento de luta contra uma severa crise econômica e um escândalo colossal de corrupção em seu governo".
O jornal afirma ainda que a jogada de Eduardo Cunha, “um congressista conservador do Rio de Janeiro”, abre um novo cenário de incertezas para o país e que nenhum documento veio à tona indicando que Dilma foi pessoalmente beneficiada pelo esquema de corrupção na Petrobras.
Para o Le Monde, Eduardo Cunha não agiu em nome dos cidadãos descontentes com o governo Dilma, mas por "vingança pessoal".
O jornal francês chama Cunha de "inimigo jurado" e ex-aliado da presidente.
O periódico também destaca o entusiasmo da população ao receber a notícia do processo de impeachment contra Dilma e cita seu governo como “o mais impopular do Brasil desde o retorno da democracia, em 1985”.
O Wall Street Journal se refere ao pedido de impeachment como uma provável “amarga e prolongada luta de poder em uma nação que já sofre com uma profunda recessão e o pior escândalo de corrupção de sua história”.
O jornal considera que a medida vai monopolizar o cenário político brasileiro, ao invés de se fixar na recuperação econômica do país.
O periódico britânico Financial Times acrescenta que o processo de impeachment vai aumentar ainda mais a incerteza que paira sobre Brasil em um momento em que a economia está em "queda livre".
O jornal cita o encolhimento do PIB brasileiro e reproduziu um tweet do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em que ele alega que "atendeu o chamado das ruas".
Confira na íntegra o documento do pedido de impeachment protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.
São Paulo - O presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha , aceitou o pedido para abrir o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff nesta quarta-feira.
O parecer aconteceu depois que a bancada petista optou por prosseguir com o processo de cassação do presidente da Câmara, que é acusado de quebra de decoro parlamentar por supostamente mentir na CPI da Petrobras sobre a titularidade de contas na Suíça.
O documento que deflagra o impeachment contra Dilma cita as consequências da Operação Lava Jato , a violação de leis orçamentárias e defende que as pedaladas fiscais continuaram a ser praticadas em 2015. Veja a íntegra do documento abaixo.
No mundo, o pedido de abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma repercutiu como uma guerra política e uma consequência da crise econômica que o país enfrenta.
O jornal inglês The Guardian disse que a presidente Dilma estava “ultrajada" em seu discurso de resposta na televisão. O periódico cita Eduardo Cunha como inimigo político da presidente e descreve o momento econômico do Brasil como a pior recessão que país já sofreu desde 1929.
O norte-americano The New York Times diz que a presidente está "sitiada em um momento de luta contra uma severa crise econômica e um escândalo colossal de corrupção em seu governo".
O jornal afirma ainda que a jogada de Eduardo Cunha, “um congressista conservador do Rio de Janeiro”, abre um novo cenário de incertezas para o país e que nenhum documento veio à tona indicando que Dilma foi pessoalmente beneficiada pelo esquema de corrupção na Petrobras.
Para o Le Monde, Eduardo Cunha não agiu em nome dos cidadãos descontentes com o governo Dilma, mas por "vingança pessoal".
O jornal francês chama Cunha de "inimigo jurado" e ex-aliado da presidente.
O periódico também destaca o entusiasmo da população ao receber a notícia do processo de impeachment contra Dilma e cita seu governo como “o mais impopular do Brasil desde o retorno da democracia, em 1985”.
O Wall Street Journal se refere ao pedido de impeachment como uma provável “amarga e prolongada luta de poder em uma nação que já sofre com uma profunda recessão e o pior escândalo de corrupção de sua história”.
O jornal considera que a medida vai monopolizar o cenário político brasileiro, ao invés de se fixar na recuperação econômica do país.
O periódico britânico Financial Times acrescenta que o processo de impeachment vai aumentar ainda mais a incerteza que paira sobre Brasil em um momento em que a economia está em "queda livre".
O jornal cita o encolhimento do PIB brasileiro e reproduziu um tweet do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, em que ele alega que "atendeu o chamado das ruas".
Confira na íntegra o documento do pedido de impeachment protocolado pelos juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaína Paschoal.