Exame Logo

O que Dilma disse na COP21 para o mundo ouvir — em frases

Fala de Dilma chamou menos atenção pelos compromissos brasileiros para combater as mudanças climáticas do que por tocar na ferida aberta de Mariana

A parte que nos cabe (Montagem/EXAME.com)

Vanessa Barbosa

Publicado em 30 de novembro de 2015 às 15h07.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 14h25.

São Paulo - O discurso da Presidente Dilma Rousseff na COP21 não chamou tanta atenção pelo conteúdo dos compromissos brasileiros para combater as mudanças climáticas , quanto por tocar numa ferida aberta brasileira — a tragédia de Mariana e a contaminação do Rio Doce.  Diante de mais de 150 chefes de Estado e de Governos do mundo, Dilma classificou o rompimento da barragem "como o maior desastre ambiental da história do Brasil" provocado pela "irresponsabilidade de uma empresa", e prometeu punições severas para os responsáveis. O desastre em Minas Gerais , segundo Dilma, é um dos fortes golpes que o Brasil vem enfrentando, ao lado de fenômenos climáticos, como as secas no Nordeste, chuvas e inundações no Sul e no Sudeste, e do fenômeno El Niño.  ( Veja 5 perguntas para entender a COP21 ) Ações brasileiras A presidente destacou em seu discurso as ações do governo e da sociedade brasileira para combater as mudanças climáticas. As promessas contemplam mudanças importantes para áreas de uso da terra e florestas, agropecuária, energia e eficiência e integram uma agenda de sustentabilidade para 2030 que foi apresentada em setembro deste ano. Para especialistas em clima e meio ambiente , o discurso da presidente Dilma Rousseff não trouxe novidades — apesar de parecerem, como a promessa de que o Brasil irá aprofundar os esforços de redução de emissões de desmatamento com a Estratégia Nacional de REDD+. “Esta estratégia, em discussão há mais de cinco anos em Brasília, existe apenas nas intenções do governo e ainda sequer foi colocada em consulta pública, cobrança que já fizemos reiteradas vezes ao governo”, salienta Carlos Rittl, secretário executivo do Observatório do Clima. Outro ponto criticado é a posição defendida pela Presidente de que a meta que o Brasil assumiu é maior do que sua responsabilidade. "Não é: a meta brasileira, embora maior do que a de vários países, é claramente insuficiente para conter o aquecimento abaixo de 2°C, como todos os chefes de Estado se comprometeram a fazer. “Se todos os países saírem de Paris com a convicção demonstrada pela presidente de que estão fazendo o bastante, o mundo estará no rumo seguro de um desastre climático neste século”, conclui Rittl. Carlos Nomoto, secretário-geral da ONG WWF também não viu avanços no discurso brasileiro, como mostra seu tuíte:
  • 2. .

    2 /14(Montagem/EXAME.com)

  • Veja também

  • 3. .

    3 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 4. .

    4 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 5. .

    5 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 6. .

    6 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 7. .

    7 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 8. .

    8 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 9. .

    9 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 10. .

    10 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 11. .

    11 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 12. .

    12 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 13. .

    13 /14(Montagem/EXAME.com)

  • 14. O desafio do século

    14 /14(Reuters)

  • Acompanhe tudo sobre:América LatinaAquecimento globalClimaCOP 21Dados de BrasilEfeito estufaMeio ambientePaíses emergentes

    Mais lidas

    exame no whatsapp

    Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

    Inscreva-se

    Mais de Brasil

    Mais na Exame