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O primeiro grande teste do governo

Às 9h, o plenário da Câmara dos Deputados volta a discutir a Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, conhecida como a PEC do Teto dos Gastos. Será a segunda votação ao projeto, que limita o crescimento dos gastos do governo à inflação do ano anterior com a intenção de frear o crescimento da dívida pública […]

PEC DOS GASTOS: no primeiro turno, o governo conseguiu 366 votos favoráveis ao projeto / Foto: Alex Ferreira/Câmara dos Deputados
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Da Redação

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 05h31.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

Às 9h, o plenário da Câmara dos Deputados volta a discutir a Proposta de Emenda à Constituição 241/2016, conhecida como a PEC do Teto dos Gastos. Será a segunda votação ao projeto, que limita o crescimento dos gastos do governo à inflação do ano anterior com a intenção de frear o crescimento da dívida pública do país. A proposta causa polêmica, principalmente porque críticos à mudança dizem que ela diminuirá o poder de investimento em setores como educação e saúde. Os defensores da PEC, puxados pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmam que o projeto é a única forma de reajustar as contas.

O governo quer usar a votação como uma demonstração de força: a meta é que a proposta passe pela Câmara com mais de 370 votos – foram 366 no primeiro turno. São necessários 308 votos. O presidente Michel Temer se reuniu na noite de ontem com a base aliada em um jantar na casa do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e hoje deve ligar diretamente a congressistas. “Creio que deputados que estavam em dúvida ou foram contrários no primeiro turno agora votarão pela aprovação”, diz o líder do governo na Câmara, deputado André Moura.

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A oposição articula protestos em diversas cidades do país. Ontem, pelo menos 20 cidades, em 13 estados, registraram manifestações (uma delas foi feita na porta da casa de Rodrigo Maia). Algumas categorias colocaram a PEC 241 entre os motivos para greves iniciadas nessa semana.

As centrais sindicais marcaram protestos nacionais para os dias 11 e 25 de novembro, mês em que a PEC deve ser discutida no Senado. Até aqui, Temer não encontrou maiores dificuldades em aprovar o que queria no Congresso. Hoje, também não encontrará, mas a PEC é só o primeiro projeto impopular que terá de ser tocado pelo governo – reforma Trabalhista e Previdenciária estão no mapa. Na quarta, Temer janta com senadores. A dúvida é até quando os jantares vão fazer com que os parlamentares comprem a briga com seus eleitores.

 

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