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Número de casos de covid-19 cai pela 1ª vez após três meses de alta, diz Instituto Todos pela Saúde

O percentual de testes positivos passou de 33% para 28% entre as semanas encerradas em 7 e 21 de outubro

Covid-19: o número de casos voltou a cair (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 27 de outubro de 2023 às 18h06.

Última atualização em 27 de outubro de 2023 às 18h48.

A taxa de testes positivos para covid-19 caiu pela primeira no Brasil após três meses de altas consecutivas,segundo dados do Instituto Todos pela Saúde (ITpS ) divulgados nesta sexta-feira, 27. O percentual de testes positivos passou de 33% para 28% entre as semanas encerradas em 7 e 21 de outubro. A análise utiliza a base de dados de diagnósticos moleculares feitos pelos laboratórios parceiros Dasa, DB Molecular, Fleury, Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Hilab, HLAGyn e Sabin.

Entre os estados analisados, os casos continuam acima de 30% no Paraná (33%), em São Paulo (31%) e em Santa Catarina (31%). Na análise por faixa etária, os casosestão em baixa entre os mais novos – entre 7% e 8% de zero a 9 anos – e sobe conforme a idade avança.Taxas acima de 30% são observadas a partir dos 40 anos, com pico entre 50 e 59 anos (37%).

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Sobre a alta dos últimos três meses, o número de casos positivossaiu de pouco mais de 6% (semana encerrada em 8 de julho) e atingiu o pico de 33% (14 de outubro). Não há dados de abrangência nacional de alta hospitalar por covid-19, mas algumas regiões do país registraram aumento de internações. Em São Paulo, 76% dos hospitais privados registraram em outubro crescimento de hospitalizações em enfermarias e UTIs por infecção de SARS-CoV-2, segundo informações do Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp).

Segundo o monitoramento genômico do Ministério da Saúde, o motivo da alta foi a circulação da subvariante da ômicron XBB.1.5. Identificada pela primeira vez em janeiro deste ano nos Estados Unidos, ela foi responsável pelo aumento de casos no território americano. AOrganização Mundial da Saúde ( OMS ) identificou que a cepa é 40% mais transmissível, mas não apresenta um maior nível de gravidade da doença.

Em meio a alta de casos, o Ministério da Saúde reforçou nesta sexta-feira a necessidade de vacinação para combater o vírus. "As vacinas oferecidas pelo SUS seguem seguras e eficazes contra as possíveis manifestações mais graves da doença. Em consonância com as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a pasta orienta a aplicação de uma dose de reforço da vacina bivalente para todas as pessoas com 18 anos de idade ou mais", escreveu em nota.

Monitoramento de outras doenças respiratórias

O ITpS também analisou as taxas de positividade para outros vírus no período de 15 a 21 de outubro, e todas seguem em baixa. Para Vírus Sincicial Respiratório (VSR) é de 7,7%, para Influenza A, de 0,4%, e para Influenza B, de 0,2%. No entanto, na última semana, mesmo na faixa de zero a 4 anos – que costuma ter o VSR como principal vírus em circulação –, 63% dos resultados positivos indicaram SARS-CoV-2.

Desde o início da parceria com os laboratórios, em novembro de 2021, o ITpS já analisou aproximadamente 4 milhões de resultados de testes diagnósticos. No último ano, de 22 de outubro de 2022 a 21 de outubro deste ano, foram analisados 1.128.685 testes.

O Instituto monitora a circulação de vírus respiratórios desde fevereiro de 2022 – este é o 26º relatório. Nos últimos meses, o ITpS aperfeiçoou os monitoramentos, incluindo novos parceiros, o que aumentou a cobertura geográfica e o volume amostral de testes analisados, e transformando os gráficos estáticos em interativos, de modo a incrementar a acessibilidade das informações produzidas.

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