No total, 290 militares trabalham no quinto dia de buscas em Brumadinho
Até o momento, há a confirmação de 65 mortos, 31 deles já identificados. 279 pessoas permanecem desaparecidas
Estadão Conteúdo
Publicado em 29 de janeiro de 2019 às 11h02.
Última atualização em 29 de janeiro de 2019 às 11h05.
São Paulo - No total, 290 militares estão empenhados nesta terça-feira, 29, na tentativa de salvamento de pessoas e resgate de corpos por causa do rompimento da Barragem em Brumadinho . São 120 de Minas Gerais e o restante de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás e Alagoas.
Os militares israelenses também comporão o quadro de profissionais que atuarão na chamada "área quente", mas ainda não há o número exato. Esse principal local de buscas fica onde funcionava o refeitório, o prédio da mineradora, e uma pousada, destruídos pela lama.
Até o momento, no quinto dia de buscas, há a confirmação de 65 mortos, 31 deles já identificados. Há ainda 279 desaparecidos e 386 pessoas localizadas no que a Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontou como o pior desastre em uma barragem da década no mundo.
Além das pessoas, o grupo de buscas tenta resgatar inúmeros animais que estão ilhados, presos na lama. Por causa da dificuldade de remoção, em alguns casos, ao menos uma das aeronaves tinha a missão de abater, com tiros, esses animais.
Pela manhã, a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, os Ministérios Públicos Estaduais de Minas Gerais e São Paulo e as Polícias Civil e Militar de Minas cumpriram cinco mandados de prisão e outros de busca e apreensão a engenheiros e funcionários que atestaram a segurança da Barragem 1 da Mina do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.
A Vale informou pelo Twitter que está colaborando com as autoridades. Antes, anunciou que pagará R$ 100 mil a cada família atingida, independentemente das indenizações futuras. O governo decidiu exigir imediata atualização de planos de segurança de barragens no País.