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Nível de inglês de brasileiros já não é péssimo - é só ruim

O Brasil subiu da 46ª para a 38ª posição em ranking de proficiência em inglês com 60 países. Com isso, saiu do nível "muito baixo" e não está mais entre piores do mundo

Governo e setor privado estão investindo em crianças e jovens universitários para elevar o nível de inglês do brasileiro, mas resultados vão demorar a aparecer (Alexandre Battibugli)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 07h54.

São Paulo - O Brasil conquistou apenas o 38º lugar dentre as 60 nações cujos cidadãos foram avaliados em sua capacidade de se comunicar na língua inglesa. Segundo o Índice de Proficiência em Inglês 2013, elaborado pela empresa de educação internacional Education First (EF), o país se enquadra hoje na categoria de nível "baixo".

Pode não parecer bom, mas é uma evolução sobre os resultados do ano passado, quando o Brasil ficou na 46ª posição e os brasileiros foram classificados com proficiência "muito baixa" - entre os piores do mundo, portanto.

O primeiro lugar do ranking este ano ficou com a Suécia , seguida da Noruega e Holanda.

Entre os BRICS , o Brasil foi o que menos evoluiu de 2011 para cá, crescendo apenas 2,8%, enquanto Índia e Rússia melhoraram 7% e 5,3%, respectivamente.

O avanço nacional entre um ano e outro não é suficiente para acompanhar a importância econômica do país, segundo o relatório.

"Enquanto o inglês dos adultos brasileiros melhorou nos últimos seis anos, seu progresso não corresponde à magnitude do desenvolvimento econômico do Brasil no mesmo período", afirma o documento.

De acordo com o Ibope, cerca de 80% dos brasileiros de classe média afirmam não falar nenhuma língua estrangeira, o que interfere diretamente na competitividade brasileira diante dos pares internacionais.

Correndo atrás

O relatório reconhece que, percebendo essa defasagem, o governo brasileiro e o setor privado iniciaram programas de educação importantes nos últimos anos. No entanto, como estes investimentos têm como alvo crianças e estudantes universitários, seus resultados ainda não são evidentes na melhoria da proficiência dos adultos.

Um exemplo é o Ciência sem Fronteiras, promovido pelo governo federal,que pretende fechar 2014 com 100 mil bolsas para alunos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática passarem um ano em universidades internacionais.


Além disso, como muitos estudantes que se aplicavam para concorrer às bolsas tinham níveis de inglês muito baixos, o governo criou o programa Inglês sem Fronteiras, um curso online para ajudar mais estudantes a aprenderem a língua global.

O relatório destaca ainda que com a realização da Copa do Mundo no Brasil e dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, as cidades estão se preparando para atender os turistas e atletas, o que deve afetar a nota do país nos próximos rankings.

"De estudantes a profissionais, todos vão melhorar suas habilidades com a língua inglesa para esses grandes eventos esportivos, com isso, a média de proficiência do país vai continuar melhorando", afirma o texto.

Para produzir o EPI 2013, a EF Education First avaliou gramática, vocabulário, leitura e compreensão de 750 mil adultos em 60 países.

São Paulo - O Brasil conquistou apenas o 38º lugar dentre as 60 nações cujos cidadãos foram avaliados em sua capacidade de se comunicar na língua inglesa. Segundo o Índice de Proficiência em Inglês 2013, elaborado pela empresa de educação internacional Education First (EF), o país se enquadra hoje na categoria de nível "baixo".

Pode não parecer bom, mas é uma evolução sobre os resultados do ano passado, quando o Brasil ficou na 46ª posição e os brasileiros foram classificados com proficiência "muito baixa" - entre os piores do mundo, portanto.

O primeiro lugar do ranking este ano ficou com a Suécia , seguida da Noruega e Holanda.

Entre os BRICS , o Brasil foi o que menos evoluiu de 2011 para cá, crescendo apenas 2,8%, enquanto Índia e Rússia melhoraram 7% e 5,3%, respectivamente.

O avanço nacional entre um ano e outro não é suficiente para acompanhar a importância econômica do país, segundo o relatório.

"Enquanto o inglês dos adultos brasileiros melhorou nos últimos seis anos, seu progresso não corresponde à magnitude do desenvolvimento econômico do Brasil no mesmo período", afirma o documento.

De acordo com o Ibope, cerca de 80% dos brasileiros de classe média afirmam não falar nenhuma língua estrangeira, o que interfere diretamente na competitividade brasileira diante dos pares internacionais.

Correndo atrás

O relatório reconhece que, percebendo essa defasagem, o governo brasileiro e o setor privado iniciaram programas de educação importantes nos últimos anos. No entanto, como estes investimentos têm como alvo crianças e estudantes universitários, seus resultados ainda não são evidentes na melhoria da proficiência dos adultos.

Um exemplo é o Ciência sem Fronteiras, promovido pelo governo federal,que pretende fechar 2014 com 100 mil bolsas para alunos de ciência, tecnologia, engenharia e matemática passarem um ano em universidades internacionais.


Além disso, como muitos estudantes que se aplicavam para concorrer às bolsas tinham níveis de inglês muito baixos, o governo criou o programa Inglês sem Fronteiras, um curso online para ajudar mais estudantes a aprenderem a língua global.

O relatório destaca ainda que com a realização da Copa do Mundo no Brasil e dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro, as cidades estão se preparando para atender os turistas e atletas, o que deve afetar a nota do país nos próximos rankings.

"De estudantes a profissionais, todos vão melhorar suas habilidades com a língua inglesa para esses grandes eventos esportivos, com isso, a média de proficiência do país vai continuar melhorando", afirma o texto.

Para produzir o EPI 2013, a EF Education First avaliou gramática, vocabulário, leitura e compreensão de 750 mil adultos em 60 países.

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