"Ninguém está feliz" com a crise política, diz Eduardo Paes
Apesar de ser filiado ao mesmo partido do vice Michel Temer, Paes sempre declarou publicamente que "torcia" para que Dilma não fosse afastada
Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2016 às 16h18.
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (12) que "ninguém está feliz" com a crise política vivida pelo Brasil, que culminou no início da manhã com o afastamento da presidente Dilma Rousseff por até 180 dias.
Apesar de ser filiado ao mesmo partido do vice Michel Temer , que assume interinamente a Presidência, Paes sempre declarou publicamente que "torcia" para que Dilma não fosse afastada.
"Eu torço para que as coisas se acertem no Brasil. Ninguém está feliz neste momento. Ninguém pode achar que é bom uma crise política, que é bom impedimento, impeachment. Acho que nada disso é bom. O importante é que a gente possa prosseguir, e em relação aos Jogos Olímpicos eu quero afirmar e reafirmar isso, é uma agenda que não pertence a partido nenhum, a coloração nenhuma. É uma agenda do Brasil", disse o prefeito.
Paes não quis se aprofundar no assunto.
"Eu tomei uma decisão depois daquela minha gravação com o presidente Lula: eu não me meto mais em Brasília. Eu acho que se perdeu muito da racionalidade, da capacidade de diálogo político, do debate. Eu prefiro não me manifestar. Eu cuido aqui do meu balneário, da minha lojinha aqui, que é a Prefeitura do Rio, que já me dá trabalho suficiente. Tenho uma Olimpíada e uma cidade para tocar", afirmou.
O prefeito se referia à gravação de um telefonema entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceptada pela Polícia Federal (PF) e divulgada em março deste ano.
Na conversa, o prefeito afirmava que cidades como São Pedro da Aldeia e Araruama, na Região dos Lagos, não são o mesmo que Búzios e Angra dos Reis, municípios da costa fluminense conhecidos por abrigarem propriedades de alto padrão.
Falando sobre o sítio em Atibaia, que a PF suspeita ser do ex-presidente, Paes declarou que, no Rio , "não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É em Maricá". A declaração gerou protestos de moradores dessas cidades e o obrigou o prefeito a se desculpar.
Paes disse ter falado com Temer pela última vez no sábado. "Eu conversei com o vice-presidente Michel Temer, ele me ligou no último sábado, ainda antes de ter se tornado presidente da República. Ele me garantiu e reafirmou o compromisso dele com os Jogos Olímpicos. Acho que este é um assunto que perpassa discursos políticos, perpassa governos ou administrações. Tenho certeza que a presidente Dilma vinha tratando de forma muito correta a Olimpíada, e assim continuará com o presidente Michel Temer", disse o prefeito.
"Essa é uma agenda do Brasil, do estado brasileiro, do País. Não é uma agenda de partido A, B, C ou D."
Rio - O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), afirmou nesta quinta-feira (12) que "ninguém está feliz" com a crise política vivida pelo Brasil, que culminou no início da manhã com o afastamento da presidente Dilma Rousseff por até 180 dias.
Apesar de ser filiado ao mesmo partido do vice Michel Temer , que assume interinamente a Presidência, Paes sempre declarou publicamente que "torcia" para que Dilma não fosse afastada.
"Eu torço para que as coisas se acertem no Brasil. Ninguém está feliz neste momento. Ninguém pode achar que é bom uma crise política, que é bom impedimento, impeachment. Acho que nada disso é bom. O importante é que a gente possa prosseguir, e em relação aos Jogos Olímpicos eu quero afirmar e reafirmar isso, é uma agenda que não pertence a partido nenhum, a coloração nenhuma. É uma agenda do Brasil", disse o prefeito.
Paes não quis se aprofundar no assunto.
"Eu tomei uma decisão depois daquela minha gravação com o presidente Lula: eu não me meto mais em Brasília. Eu acho que se perdeu muito da racionalidade, da capacidade de diálogo político, do debate. Eu prefiro não me manifestar. Eu cuido aqui do meu balneário, da minha lojinha aqui, que é a Prefeitura do Rio, que já me dá trabalho suficiente. Tenho uma Olimpíada e uma cidade para tocar", afirmou.
O prefeito se referia à gravação de um telefonema entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interceptada pela Polícia Federal (PF) e divulgada em março deste ano.
Na conversa, o prefeito afirmava que cidades como São Pedro da Aldeia e Araruama, na Região dos Lagos, não são o mesmo que Búzios e Angra dos Reis, municípios da costa fluminense conhecidos por abrigarem propriedades de alto padrão.
Falando sobre o sítio em Atibaia, que a PF suspeita ser do ex-presidente, Paes declarou que, no Rio , "não é em Petrópolis, não é em Itaipava. É em Maricá". A declaração gerou protestos de moradores dessas cidades e o obrigou o prefeito a se desculpar.
Paes disse ter falado com Temer pela última vez no sábado. "Eu conversei com o vice-presidente Michel Temer, ele me ligou no último sábado, ainda antes de ter se tornado presidente da República. Ele me garantiu e reafirmou o compromisso dele com os Jogos Olímpicos. Acho que este é um assunto que perpassa discursos políticos, perpassa governos ou administrações. Tenho certeza que a presidente Dilma vinha tratando de forma muito correta a Olimpíada, e assim continuará com o presidente Michel Temer", disse o prefeito.
"Essa é uma agenda do Brasil, do estado brasileiro, do País. Não é uma agenda de partido A, B, C ou D."