Brasil

Neto de Lula não morreu de meningite, diz laudo

Secretaria de Saúde de Santo André enviou comunicado nesta segunda-feira; hospital onde Arthur morreu ainda não se pronunciou

Lula: ex-presidente foi liberado para participar do enterro do neto, que aconteceu em março (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Lula: ex-presidente foi liberado para participar do enterro do neto, que aconteceu em março (Rodolfo Buhrer/Reuters)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 2 de abril de 2019 às 10h13.

Última atualização em 2 de abril de 2019 às 11h48.

São Paulo — A Prefeitura de Santo André confirmou nesta segunda-feira (1), que Arthur Araújo Lula da Silva, o neto do ex-presidente Lula, não morreu de meningite meningogócica, como havia sido previamente informado pelo hospital à época. O garoto de sete anos morreu no dia primeiro de março no Hospital Bartira, da rede D’Or.

De acordo com o comunicado da Secretaria de Saúde do município, exames feitos na criança descartaram a presença de meningite. O hospital ainda não se pronunciou sobre o caso e a real causa da morte de Arthur ainda não foi informada.

Também nesta segunda, o deputado federal Alexandre Padilha (PT-SP) publicou em seu perfil no Twitter que espera que o hospital "esclareça quais procedimentos de apuração já realizou para o vazamento de diagnóstico que se revelou antiético para com a família e irresponsável com a saúde pública da região".

No sábado, o deputado disse para a Revista Fórum que Arthur não havia morrido de meningite, mas que não revelaria o motivo em respeito à família do menino. 

Confira a nota na íntegra:

"Conforme amplamente noticiado, no dia 1°/03/2019 recebemos por volta das 14h20 a notificação de nº 5968951, informando que o paciente A.A.L.S, de 7 anos de idade, deu entrada no Hospital Bartira às 7h14 do dia 1°/03 com cefaleia, febre, mialgia, exantema, cianose, náuseas e dores abdominais. Evoluiu com confusão mental e o paciente veio a óbito por volta das 12h. O Hospital informou na notificação que o motivo do óbito foi meningococcemia (meningite). Apesar da notificação, o resultado do exame de líquor realizado no mesmo dia pelo próprio Hospital Bartira, acusou bacterioscopia negativa.

Em face dessa constatação, na mesma data, a Secretaria de Saúde de Santo André, por meio do Departamento de Vigilância à Saúde, encaminhou as amostras de sangue e líquor coletadas no Hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, que normalmente emite os resultados no prazo de 15 a 30 dias. Além de encaminhamento das amostras, realizamos esquema profilático dos comunicantes (pessoas com contato íntimo por mais de quatro horas diárias com o paciente nos últimos sete dias). Devido ao fato do paciente estudar em São Bernardo do Campo, a Vigilância Epidemiológica do referido município foi comunicada para que as medidas de profilaxia cabíveis fossem tomadas na escola, o que devidamente ocorreu.

As investigações foram finalizadas pela Secretaria de Saúde de Santo André, por intermédio do Departamento de Vigilância à Saúde, e segundo os resultados dos exames realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, foram descartadas: meningite, meningite meningocócica e meningococcemia.

Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança."

Acompanhe tudo sobre:Luiz Inácio Lula da SilvaMeningiteMortes

Mais de Brasil

Após Gusttavo Lima, partido de Marçal mira candidatura de Wesley Safadão ao Senado no Ceará

Ministra anuncia gratuidade dos 41 medicamentos no Farmácia Popular

Terremoto em São Paulo? Por que 'alerta' da Defesa Civil foi enviado para usuários de Android

Quando cai os 1.000 reais do Pé-de-meia? Entenda como funciona o programa e veja datas