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"Não vamos subir em cadáveres para fazer política", diz Guedes a deputados

O ministro da Economia falou sobre as ações do governo no enfrentamento da pandemia em audiência com comissões da Câmara nesta terça

Ministro da Economia, Paulo Guedes, defende manutenção do SUS (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2021 às 13h42.

Última atualização em 8 de junho de 2021 às 23h40.

O ministro da Economia, Paulo Guedes , afirmou que a prioridade do governo neste ano é a vacinação em massa e emprego nesta terça-feira, 4. "Não vamos subir em cadáveres para fazer política. Estamos numa guerra contra o vírus. Precisamos colocar a vida em primeiro lugar", disse a parlamentares.

O ministro participou de audiência pública com as comissões de Educação, Finanças e Tributação, Seguridade Social e Família, Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados na manhã desta terça, ao mesmo tempo que o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta dava depoimento na CPI da Covid-19 no Senado.

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"Não pode faltar dinheiro para a saúde. Por isso renovamos os programas do ano passado", afirmou citando programas como o BEm, de redução de salários e jornadas, e o auxílio emergencial.

Guedes pediu tolerância em seu discurso inicial de 30 minutos aos parlamentares."É um Congresso reformista, temos avançado muito juntos. A oposição faz o seu papel, que eu reconheço, respeito. Acho que precisamos de mais respeito, mais tolerância. Temos que escapar dessa espiral de ódio, de divisão entre os brasileiros. Isso é um descredenciamento da nossa democracia", disse.

Durante a audiência o ministro afirmou que o governo "possivelmente" lançará o programa denominado bônus de inclusão produtiva, voltado a trabalhadores informais que estão fora da rede de proteção social pública. "Algum programa nós vamos dirigir para os invisíveis, para esses que não têm nem BPC nem Bolsa Família e estão andando por aí em busca do ganha-pão", disse.

Renovação do auxílio

Questionado pelos deputados, o ministro afirmou que a a lacuna entre o fim do auxílio emergencial e a renovação do benefício neste ano ocorreu pois o recrudescimento deste ano não era esperado. "Os programas foram calibrados para 31 de dezembro de 2020, que era a expectativa. Ninguém imaginou que isso fosse tomar o pesadelo com a profundidade que se tomou", afirmou.

A renovação do auxílio emergencial, que voltou a valer apenas em abril, pode ser assunto na CPI instalada na semana passada para investigar as ações do governo federal na pandemia, segundo o vice-presidente da comissão, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

O presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), admitiu na segunda, 3, em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que o colegiado pode convocar Guedes.

Guedes atribuiu a demora, além de à expectativa de melhora, às eleições à presidência da Câmara e do Senado, que ocorreram em janeiro. "Praticamente nada ali foi criado. Não tinha nem os interlocutores. Se quisesse mandar uma medida qualquer, não podia mandar para ninguém", disse.

"Tanto que assim que foram designados o presidente da Câmara e do Senado, eles tiveram uma reunião com o presidente da República para acelerar a vacinação em massa, imediatamente conversamos também sobre o auxílio emergencial, que tinha que ser disparado", justificou.

 

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