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Não estamos dizendo que não vai ter rodízio, diz Sabesp

Segundo o presidente, a Sabesp trabalha com um cenário pessimista de que chegará "muito pouca água" nos reservatórios no período de estiagem

Segundo o presidente, a Sabesp trabalha com um cenário pessimista de que chegará "muito pouca água" nos reservatórios no período de estiagem (Divulgação/Sabesp)
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Da Redação

Publicado em 24 de março de 2015 às 14h23.

São Paulo - O presidente da Sabesp , Jerson Kelman, adotou uma postura defensiva durante seminário da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre segurança hídrica, semelhante à adotada em outros eventos dos quais o executivo tem participado.

Em sua palestra, Kelman reiterou a "baixíssima" probabilidade da seca sofrida pelo Sudeste em 2014 e afirmou que o administrador que tivesse investido para um cenário como esse teria sido criticado. Ele também afirmou que um eventual rodízio na região metropolitana de São Paulo seria "pesadíssimo".

"Não estamos dizendo que não vai ter rodízio, mas ele seria muito ruim. Hoje temos uma parcela muito pequena da população com sofrimento mais intenso. Já o rodízio teria que levar a uma economia maior que 30%, seria um rodízio pesadíssimo", afirmou.

Segundo ele, a Sabesp trabalha com um cenário pessimista de que chegará "muito pouca água " nos reservatórios no período de estiagem. "Temos que torcer pelo melhor, mas nos prepararmos para o pior. Prevemos vazão afluente nos reservatórios pior ainda que no ano passado", disse.

Kelman afirmou ainda que as ações executadas pela Sabesp reduziram em 56% a utilização de água do Sistema Cantareira e defendeu a atuação da concessionária antes da crise.

"Se o administrador tomasse a decisão de investir para uma seca, mas a seca não acontecesse, seria criticado por jogar dinheiro fora", afirmou, apontando que a probabilidade de uma seca como a que ocorreu em 2014 era de 0,4% e que só acontece a cada 250 anos.

"Se o administrador super concentra investimentos em um evento com essa probabilidade de ocorrer, ele está tirando investimentos de outros lugares", acrescentou.

O executivo disse também que sempre responde a questionamentos sobre problemas no abastecimento da Sabesp dizendo que não é possível assegurar um atendimento normal quando a situação é anormal.

"Toda hora eu sou questionado sobre isso. É claro que a pressão na rede não está normal, essa foi uma técnica usada para evitar o rodízio", disse.

Kelman ressaltou que a Sabesp está "desarmada" para as negociações com a Agência Nacional de Águas (ANA) sobre a renovação da outorga (autorização de captação de água) do Cantareira, que venceu em agosto do ano passado, mas foi prorrogada até outubro. As negociações serão retomadas em agosto deste ano.

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São Paulo - O presidente da Sabesp , Jerson Kelman, adotou uma postura defensiva durante seminário da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) sobre segurança hídrica, semelhante à adotada em outros eventos dos quais o executivo tem participado.

Em sua palestra, Kelman reiterou a "baixíssima" probabilidade da seca sofrida pelo Sudeste em 2014 e afirmou que o administrador que tivesse investido para um cenário como esse teria sido criticado. Ele também afirmou que um eventual rodízio na região metropolitana de São Paulo seria "pesadíssimo".

"Não estamos dizendo que não vai ter rodízio, mas ele seria muito ruim. Hoje temos uma parcela muito pequena da população com sofrimento mais intenso. Já o rodízio teria que levar a uma economia maior que 30%, seria um rodízio pesadíssimo", afirmou.

Segundo ele, a Sabesp trabalha com um cenário pessimista de que chegará "muito pouca água " nos reservatórios no período de estiagem. "Temos que torcer pelo melhor, mas nos prepararmos para o pior. Prevemos vazão afluente nos reservatórios pior ainda que no ano passado", disse.

Kelman afirmou ainda que as ações executadas pela Sabesp reduziram em 56% a utilização de água do Sistema Cantareira e defendeu a atuação da concessionária antes da crise.

"Se o administrador tomasse a decisão de investir para uma seca, mas a seca não acontecesse, seria criticado por jogar dinheiro fora", afirmou, apontando que a probabilidade de uma seca como a que ocorreu em 2014 era de 0,4% e que só acontece a cada 250 anos.

"Se o administrador super concentra investimentos em um evento com essa probabilidade de ocorrer, ele está tirando investimentos de outros lugares", acrescentou.

O executivo disse também que sempre responde a questionamentos sobre problemas no abastecimento da Sabesp dizendo que não é possível assegurar um atendimento normal quando a situação é anormal.

"Toda hora eu sou questionado sobre isso. É claro que a pressão na rede não está normal, essa foi uma técnica usada para evitar o rodízio", disse.

Kelman ressaltou que a Sabesp está "desarmada" para as negociações com a Agência Nacional de Águas (ANA) sobre a renovação da outorga (autorização de captação de água) do Cantareira, que venceu em agosto do ano passado, mas foi prorrogada até outubro. As negociações serão retomadas em agosto deste ano.

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