Brasil

Curtas — uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

MPF pede que TRF-4 anule condenação de Lula; STF retoma julgamento sobre 2ª instância; incerteza na Bolívia...

Lula: ex-presidente foi sentenciado a 12 anos e 11 meses de prisão pela primeira instância da Justiça (Leonardo Benassatto/Reuters)

Lula: ex-presidente foi sentenciado a 12 anos e 11 meses de prisão pela primeira instância da Justiça (Leonardo Benassatto/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 07h16.

Última atualização em 24 de outubro de 2019 às 07h50.

MPF pede que TRF-4 anule condenação de Lula

O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul solicitou nesta quarta-feira que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) anule a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio em Atibaia. Lula foi sentenciado a 12 anos e 11 meses de prisão pela primeira instância da Justiça. O procurador Mauricio Gotardo Gerum pede que a ação volte para a fase de alegações finais e cita a decisão do Supremo Tribunal Federal que definiu que réus delatados devem fazer as suas alegações finais depois dos réus delatores.

Julgamento retomado hoje

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta quinta-feira o julgamento de três ações sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. A sessão foi encerrada ontem, por volta das 19h. O placar, por enquanto, está em 3 a 1, com os ministros Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso votando a favor da possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. O relator, ministro Marco Aurélio, votou contrário. Ele defendeu que só haja prisão quando se esgotarem todos os recursos e a favor da soltura de presos, exceto aqueles que possam ser alvo de prisão preventiva, como presos perigosos ou que representem risco à sociedade.

_

Serasa: número de novas empresas cresce 20,7% até agosto

O número de empresas abertas em agosto de 2019 chegou aos 284.143, 1% a mais do que em julho, de acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian. Segundo o dado, de janeiro a agosto foram abertas 2,1 milhões empresas, 20,7% a mais do que o mesmo período de 2018. Na comparação com agosto do ano passado, o número de novos empreendimentos subiu 16,6%. Os dados mostram ainda que nos oito primeiros meses do ano os microempreendedores individuais representam 82% do total, enquanto 6,8% dos novos empreendimentos são de natureza Sociedade Limitada e 5,4% são Empresas Individuais. Os MEIs voltaram a apresentar maior crescimento na variação anual, de 18,7% na relação com agosto de 2018, seguido pelas Sociedades Limitadas e queda das Empresas Individuais.

_

Senado conclui votação da Previdência

O plenário do Senado concluiu na manhã desta quarta-feira 23 a votação dos destaques apresentados durante o segundo-turno da reforma da Previdência. A votação foi possível depois de um acordo entre o PT e os líderes partidários, mediado pelo presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP). Com o acordo, o destaque do PT foi acatado pelo plenário, retirando do projeto a proibição de periculosidade para pedir a aposentadoria especial. O impasse era um destaque do PT, defendido pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que dava possibilidade de aposentadoria especial para vigilantes armados. O governo temia que a mudança na proposta tivesse abrangência maior e abrisse caminho para que diversas categorias pleiteassem aposentadoria mais facilmente, por causa da exposição à periculosidade.

_

PEC paralela deve ser votada em novembro

A proposta paralela que altera alguns pontos da reforma da Previdência deve ser votada em seis de novembro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Ela prevê a possibilidade de Estados e municípios aderirem às novas regras de aposentadoria e pensão no País, mas inclui também a possibilidade de essa adesão ser revogada. O relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), também propôs flexibilizar a transição de mulheres que se aposentam por idade e criou a necessidade de uma lei complementar para reverter a isenção tributária de entidades filantrópicas. Para valer, o texto precisa passar em dois turnos no Senado e depois ter o aval da Câmara dos Deputados.

_

Comissão Especial da Câmara aprova texto da reforma dos militares

Foi aprovado o texto-base da proposta de mudanças no sistema de proteção social dos militares. A comissão especial da Câmara dos Deputados que analisa o tema voltará a se reunir na próxima terça-feira 29 para votar destaques. Todos tratam de mudanças na remuneração das Forças Armadas. Dos destaques que serão votados na próxima terça-feira, três (de Psol, DEM e Solidariedade) são idênticos. Pretendem estender a gratificação de representação para qualquer militar, variando de 5% a 15% conforme posto ou graduação, e definem percentuais fixos para o adicional de habilitação. O quarto destaque, do Novo, pretende evitar a majoração dos percentuais do adicional de habilitação. Como o PL tramita em caráter conclusivo, o texto final aprovado pela comissão especial poderá seguir diretamente para o Senado Federal, a menos que haja recurso, com pelo menos 51 assinaturas, para análise do Plenário da Câmara dos Deputados.

UE apoia prorrogação do Brexit, mas não define novo prazo

Os sócios europeus do Reino Unido aprovaram nesta quarta-feira 23 uma extensão do Brexit para evitar um divórcio sem acordo em 31 de outubro, mas discordam quanto à duração do adiamento solicitado com relutância pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson. Os embaixadores da União Europeia (UE) apresentaram a posição de cada capital durante uma reunião em Bruxelas. “Todos concordaram com a necessidade de uma extensão para evitar o Brexit sem acordo”, disse uma fonte europeia ao término da reunião. “A duração de uma extensão ainda está em discussão”, acrescentou. Uma nova reunião está agendada para esta sexta-feira. O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, havia recomendado que os líderes dos 27 países da UE adiassem o Brexit até 31 de janeiro.

_

Escócia e País de Gales defendem novas eleições

Os primeiros-ministros da Escócia e País de Gales, a nacionalista Nicola Sturgeon e o trabalhista Mark Drakeford, respectivamente, defenderam nesta quarta-feira que o Reino Unido realize eleições gerais antecipadas, depois que o governo garantiu uma prorrogação do divórcio com a União Europeia (UE). “Quero que sejam realizadas as eleições gerais. Eu ficaria muito feliz se essas eleições acontecessem antes do Natal, mas as circunstâncias devem ser as que evitem o risco de um Brexit sem acordo”, disse Sturgeon, em entrevista coletiva em Londres, ao lado do premier galês. “Sempre fui cético sobre se uma eleição geral ou um referendo são a melhor maneira de tomar essa decisão de volta às mãos do povo. Mas nunca tive tanta certeza de que esse deveria ser o fim, o objetivo final”, afirmou o líder galês.

Mesa e OEA pressionam por segundo turno

O candidato presidencial boliviano Carlos Mesa, adversário do presidente Evo Morales nas eleições de domingo passado, anunciou nesta quarta-feira (24) a formação de uma “Coordenação de Defesa da Democracia”, com o objetivo de pressionar para que haja um segundo turno. O objetivo da aliança com os partidos da direita e líderes centristas é “conseguir que se cumpra a vontade popular de definir a eleição presidencial no segundo turno”, destaca uma nota publicada no Twitter. Uma missão de observadores da OEA já recomendou que, diante da desconfiança sobre o processo eleitoral, “continua sendo uma melhor opção convocar o segundo turno”.

Acompanhe tudo sobre:BolíviaBrexitLuiz Inácio Lula da SilvaReforma da PrevidênciaSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

Regulamentação da IA deve ser votada pelo Senado antes do recesso, diz Pacheco

Após decisão do STF, Lira cria comissão para analisar PEC das drogas na Câmara

Maconha vai ser legalizada no Brasil? Entenda a decisão do STF sobre a descriminalização da droga

Nova parcela do Pé-de-Meia começa a ser paga nesta quarta-feira

Mais na Exame