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MPE vai usar app em investigação de falta d'água em SP

A ferramenta foi lançada pelo movimento Aliança pela Água há cerca de dez dias e já registra mais de 3.330 notificações na região metropolitana

Água saindo da torneira: no começo, os cortes estavam concentrados no período noturno, mas com o agravamento da situação a interrupção no fornecimento de água dura a maior parte do dia em muitos bairros (Fuse/Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de setembro de 2015 às 17h08.

São Paulo - O Ministério Público de São Paulo vai utilizar um aplicativo que mapeia a falta d'água para obter provas que possam ser usadas em um inquérito civil que investiga os cortes no abastecimento ocorridos desde o início da crise hídrica na Grande São Paulo.

A ferramenta foi lançada pelo movimento Aliança pela Água há cerca de dez dias e já registra nesta segunda-feira, 21, mais de 3.330 notificações na região metropolitana, média de 14 reclamações por hora.

Desde o início da crise, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), responsável por atender 34 dos 39 municípios da região metropolitana, tem feito um racionamento de água por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede de abastecimento.

No começo, os cortes estavam concentrados no período noturno, mas com o agravamento da situação a interrupção no fornecimento de água dura a maior parte do dia em muitos bairros.

O aplicativo "Tá Faltando Água" usa o sistema de geolocalização do próprio celular ou o CEP do imóvel atingido para registrar a incidência de falta d'água em tempo real na região e no Estado.

A partir dele, o grupo formado por mais de 60 entidades entre ONGs, especialistas e movimentos sociais vão produzir um mapeamento detalhado das áreas afetadas para definir ações de mitigação local e cobrar providências do poder público.

"Além de notificar a falta d'água na casa das pessoas, o aplicativo permite que elas percebam a dimensão do problema na sua região, para que possam se mobilizar em torno de soluções conjuntas", explicou a arquiteta e urbanista Marussia Whately, coordenadora do movimento.

"Até o final da semana devemos divulgar o primeiro relatório detalhado e encaminhá-lo para diferentes instâncias dos governos federal, estadual, municipal e para o Ministério Público", completou.

Segundo o promotor Ricardo Manuel Castro, do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) da Grande São Paulo, a ferramenta pode ajudar o Ministério Público na investigação sobre os cortes no abastecimento de água.

"Os relatórios criados a partir da notificações do aplicativo podem servir como elemento de prova para adoção de medidas judiciais pertinentes", afirmou Castro.

De acordo com Marussia, o aplicativo ganhará novas funções em breve, como identificar os horários dos cortes no fornecimento de água em cada bairro, o sistema que abastece a região atingida e se o imóvel afetada é residencial, comercial ou um equipamento de serviço público, como escola e hospital.

A ferramenta tem uma versão para celular, para sistema operacional Android e iOS, desenvolvida por voluntários da empresa Autbank, e uma versão disponível na internet, desenvolvido pelo Instituto Sócio Ambiental (ISA).

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São Paulo - O Ministério Público de São Paulo vai utilizar um aplicativo que mapeia a falta d'água para obter provas que possam ser usadas em um inquérito civil que investiga os cortes no abastecimento ocorridos desde o início da crise hídrica na Grande São Paulo.

A ferramenta foi lançada pelo movimento Aliança pela Água há cerca de dez dias e já registra nesta segunda-feira, 21, mais de 3.330 notificações na região metropolitana, média de 14 reclamações por hora.

Desde o início da crise, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo ( Sabesp ), responsável por atender 34 dos 39 municípios da região metropolitana, tem feito um racionamento de água por meio da redução da pressão e do fechamento manual da rede de abastecimento.

No começo, os cortes estavam concentrados no período noturno, mas com o agravamento da situação a interrupção no fornecimento de água dura a maior parte do dia em muitos bairros.

O aplicativo "Tá Faltando Água" usa o sistema de geolocalização do próprio celular ou o CEP do imóvel atingido para registrar a incidência de falta d'água em tempo real na região e no Estado.

A partir dele, o grupo formado por mais de 60 entidades entre ONGs, especialistas e movimentos sociais vão produzir um mapeamento detalhado das áreas afetadas para definir ações de mitigação local e cobrar providências do poder público.

"Além de notificar a falta d'água na casa das pessoas, o aplicativo permite que elas percebam a dimensão do problema na sua região, para que possam se mobilizar em torno de soluções conjuntas", explicou a arquiteta e urbanista Marussia Whately, coordenadora do movimento.

"Até o final da semana devemos divulgar o primeiro relatório detalhado e encaminhá-lo para diferentes instâncias dos governos federal, estadual, municipal e para o Ministério Público", completou.

Segundo o promotor Ricardo Manuel Castro, do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (Gaema) da Grande São Paulo, a ferramenta pode ajudar o Ministério Público na investigação sobre os cortes no abastecimento de água.

"Os relatórios criados a partir da notificações do aplicativo podem servir como elemento de prova para adoção de medidas judiciais pertinentes", afirmou Castro.

De acordo com Marussia, o aplicativo ganhará novas funções em breve, como identificar os horários dos cortes no fornecimento de água em cada bairro, o sistema que abastece a região atingida e se o imóvel afetada é residencial, comercial ou um equipamento de serviço público, como escola e hospital.

A ferramenta tem uma versão para celular, para sistema operacional Android e iOS, desenvolvida por voluntários da empresa Autbank, e uma versão disponível na internet, desenvolvido pelo Instituto Sócio Ambiental (ISA).

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