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Moro não poderia adiar depoimento de Lula por eleições, diz defesa

Juiz decidiu adiar interrogatório do ex-presidente e de outros 12 réus na ação do sítio de Atibaia para evitar "evitar exploração eleitoral"

Lula: para defesa, medida do juiz reforçaria tese do petista de que está sendo julgado pela Lava Jato com base na questão eleitoral (Montagem de Rodrigo Sanches/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de agosto de 2018 às 16h53.

São Paulo - Após o juiz Sérgio Moro mudar a data do interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a defesa do petista se manifestou afirmando que um processo criminal não poderia ter o calendário orientado pelas eleições.

Nesta quarta-feira, 15, Moro decidiu adiar a data do interrogatório do ex-presidente e de outros 12 réus na ação do sítio de Atibaia. As audiências estavam marcadas para datas entre 27 de agosto e 11 de setembro. Os interrogatórios agora devem ocorrer entre 5 e 14 de novembro. O magistrado da Operação Lava Jato afirmou que a alteração tem por objetivo "evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios".

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Para a defesa, no entanto, a medida do juiz reforçaria a tese do petista de que está sendo julgado pela Lava Jato com base na questão eleitoral. Nesta quarta, o PT deve registrar Lula como candidato à Presidência.

"Um processo criminal jamais poderia ter seus atos orientados pelo calendário eleitoral. A mudança das datas dos depoimentos, porém, mostra que a questão eleitoral sempre esteve e está presente nas ações contra o ex-presidente Lula que tramitam em Curitiba", diz a nota assinada pelo criminalista Cristiano Zanin Martins, que defende Lula na Lava Jato.

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