Moro livra Lula; Dilma “animada”…
Lula: Dilma exposta a Judas Em entrevista ao programa Newsnight, da rede de TV britânica BBC, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a presidente afastada Dilma Rousseff vai se expor “corajosamente” no Senado ao se colocar “diante de seus acusadores para que o Judas Iscariotes possa acusá-la”. Lula afirmou ainda que tem […]
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2016 às 19h01.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h05.
Lula: Dilma exposta a Judas
Em entrevista ao programa Newsnight, da rede de TV britânica BBC, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a presidente afastada Dilma Rousseff vai se expor “corajosamente” no Senado ao se colocar “diante de seus acusadores para que o Judas Iscariotes possa acusá-la”. Lula afirmou ainda que tem “esperança” na vitória de Dilma, mas disse que o presidente interino Michel Temer e os congressistas sabem que o processo é ilegal e terão de lidar com sua consciência caso o afastamento se concretize, e que a história “demora séculos para julgar”. Comandado pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, o julgamento começará no dia 25 e poderá durar até sete dias — Dilma fará sua defesa no dia 29.
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Renan: Dilma animada
Para falar sobre o julgamento no Senado, o presidente da Casa, Renan Calheiros, reuniu-se por quase 2 horas com Dilma na manhã desta sexta-feira no Palácio da Alvorada. Na saída do encontro, Renan afirmou que a presidente afastada se encontra “animada como sempre” e que está disposta a responder a quaisquer questionamentos feitos pelos senadores. A conversa desta manhã girou em torno dos trâmites do rito de julgamento, segundo o senador, e os dois também falaram sobre a situação política dentro do Senado. Na quinta-feira 18, Dilma também se reuniu com aliados do PT e especula-se que, em sua defesa no dia 29, ela citará nomes de ex-ministros que retomaram seus cargos no Senado e que agora votam contra ela no processo de abertura do impeachment.
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Mais PSDB para Temer?
Também nesta sexta-feira, Renan Calheiros defendeu uma participação mais expressiva do PSDB no governo Temer. Para o presidente do Senado, a presença do PSDB é “fundamental” na definição de diretrizes de governo e políticas públicas, e ele acredita que o PMDB não vai repetir o que chamou de “relação periférica” com os peessedebistas vista nos últimos governos do PT.
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Lula fora da Triplo X
A Polícia Federal concluiu o inquérito da Operação Triplo X, fase da Lava-Jato que investiga a relação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e um apartamento tríplex na praia de Astúrias, no Guarujá. Em relatório divulgado pelo juiz federal Sergio Moro, nem o ex-presidente nem seus familiares foram indiciados. Enquanto isso, sete pessoas foram acusadas, incluindo a dona do tríplex, Nelci Warken. A maioria é funcionária da Mossack, firma panamenha especializada em abrir offshores.
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Acusadora é indiciada
A estudante Patricia Lélis foi indiciada pela Polícia Civil de São Paulo por calúnia e extorsão contra o assessor do deputado Marco Feliciano (PSC), o ex-policial Talma Bauer. A jovem de 22 anos acusa Bauer de ter tentado suborná-la e aprisioná-la para que ela não expusesse a suposta tentativa de estupro sofrida por ela no apartamento de Feliciano — segundo Patricia, o deputado a teria assediado quando ela foi ao local para uma falsa reunião da juventude do PSC, da qual a estudante é membro. A decisão da polícia paulista de negar a denúncia contra Bauer foi tomada depois que um vídeo mostra a estudante e o assessor se encontrando sem constrangimentos num hotel, enquanto um amigo da moça também afirma que ela teria recebido dinheiro dele. A acusação contra Feliciano, contudo, segue aberta.
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Barrados na Ficha Limpa
Entre as mais de 460.000 candidaturas já validadas pelo Supremo Tribunal Federal para as eleições municipais deste ano, pelo menos 4.849 ainda podem ser impugnadas pela Lei da Ficha Limpa. Criada em 2010, a lei impede que políticos disputem cargos públicos caso tenham as contas reprovadas ou sejam condenados em segunda instância por crimes como lavagem de dinheiro, corrupção, peculato e improbidade administrativa. Agora, os cerca de 3.000 promotores da Justiça Eleitoral deverão decidir se negam ou não a candidatura dos acusados.