Moro autoriza empreiteiro na CPI, mas só para caso Petrobras
Juiz responsável pelas ações criminais da Lava Jato autorizou depoimento do empresário Dalton Avancini, da Camargo Corrêa
Da Redação
Publicado em 18 de maio de 2015 às 19h56.
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações criminais da Operação Lava Jato , acolheu pedido da CPI da Petrobras e autorizou depoimento do empresário Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, alvo de investigação sobre corrupção, propinas e cartel na estatal petrolífera.
Mas ele impôs restrições importantes - como Avancini tornou-se um dos delatores da Lava Jato e revelou detalhes também sobre conluio de empreiteiras em outras áreas do governo, o magistrado limitou seu relato ao esquema na Petrobras .
"Quanto a Dalton Avancini, para não prejudicar investigações em andamento nesta Vara, autorizo-o a responder apenas questões sobre crimes praticados no esquema criminoso envolvendo diretamente a Petrobras, especificamente sobre os fatos já denunciados, ficando vedada, por ora, a revelação de outros crimes ou o fornecimento de informações sobre crimes ainda em investigação perante este Juízo", assinalou Sérgio Moro.
O magistrado da Lava Jato ressaltou que "a medida não visa coibir o poder de investigação a CPI, mas preservar o sigilo sobre investigações ainda em trâmite perante este Juízo, sendo ele necessário para a eficácia das diligências".
Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações, foi preso no dia 14 de novembro de 2014 pela Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato, que desmontou o braço empresarial do esquema de corrupção na Petrobras.
Em fevereiro de 2015, após 103 dias preso, o empresário fez delação premiada e obteve o benefício da prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Também fez delaçao Eduardo Leite, vice da Camargo Corrêa.
São Paulo - O juiz federal Sérgio Moro, que conduz as ações criminais da Operação Lava Jato , acolheu pedido da CPI da Petrobras e autorizou depoimento do empresário Dalton Avancini, da Camargo Corrêa, alvo de investigação sobre corrupção, propinas e cartel na estatal petrolífera.
Mas ele impôs restrições importantes - como Avancini tornou-se um dos delatores da Lava Jato e revelou detalhes também sobre conluio de empreiteiras em outras áreas do governo, o magistrado limitou seu relato ao esquema na Petrobras .
"Quanto a Dalton Avancini, para não prejudicar investigações em andamento nesta Vara, autorizo-o a responder apenas questões sobre crimes praticados no esquema criminoso envolvendo diretamente a Petrobras, especificamente sobre os fatos já denunciados, ficando vedada, por ora, a revelação de outros crimes ou o fornecimento de informações sobre crimes ainda em investigação perante este Juízo", assinalou Sérgio Moro.
O magistrado da Lava Jato ressaltou que "a medida não visa coibir o poder de investigação a CPI, mas preservar o sigilo sobre investigações ainda em trâmite perante este Juízo, sendo ele necessário para a eficácia das diligências".
Avancini, diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações, foi preso no dia 14 de novembro de 2014 pela Operação Juízo Final, sétima fase da Lava Jato, que desmontou o braço empresarial do esquema de corrupção na Petrobras.
Em fevereiro de 2015, após 103 dias preso, o empresário fez delação premiada e obteve o benefício da prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica. Também fez delaçao Eduardo Leite, vice da Camargo Corrêa.