Mobilidade sustentável: o crescimento do mercado de carros elétricos no Brasil
Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos, em 2023, as vendas no Brasil terão um crescimento de 62% a 83% em relação ao total de 2022
Agência
Publicado em 22 de dezembro de 2023 às 17h29.
Última atualização em 22 de dezembro de 2023 às 17h52.
O mercado de carros elétricos no Brasil vem crescendo a cada ano, impulsionado pela busca por uma mobilidade mais sustentável, econômica e tecnológica. Os carros elétricos e híbridos são veículos que utilizam a eletricidade como fonte de energia, reduzindo ou eliminando o uso de combustíveis fósseis. Segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE), em 2023, as vendas no Brasil terão crescimento de 62% a 83% em relação ao total de 2022. A expectativa é que esse número continue subindo, com a chegada de novos modelos e a expansão da infraestrutura de recarga.
Um dos fatores que impulsionam esse crescimento é o anúncio de montadoras sobre o início de fabricação de carros elétricos em território nacional, como as chinesas BYD e GWM, e a Stellantis, dona das marcas Fiat, Jeep, Peugeot, Citroën e RAM. Atualmente, todos os modelos 100% elétricos no Brasil são importados, o que encarece o preço final para o consumidor.
Outro fator é a demanda da sociedade pela descarbonização da economia, que leva a uma maior conscientização sobre os benefícios ambientais dos carros elétricos. Além de emitirem menos poluentes, esses veículos também têm um menor custo de manutenção e de abastecimento, se comparados aos carros a combustão.
Mercado de carros elétricos e híbridos no Brasil
Entre os modelos de carros elétricos mais vendidos no Brasil em 2023, destaca-se o BYD Dolphin, Dolphin Plus e Yuan Plus, que somaram 62% das vendas de carros elétricos a bateria em novembro. Eles se destacaram pelo design moderno, tecnologia, espaço interno generoso e pela autonomia de até 400 km. Além disso, os veículos atraíram os consumidores brasileiros pelos preços competitivos, a partir de R$ 149,99 mil.
Outro modelo que chamou a atenção foi o Renault Megane E-Tech, um SUV médio que chegou ao país com um preço sugerido de R$ 279,9 mil. O carro tem um visual elegante, um amplo porta-malas e uma autonomia de até 450 km. Além disso, ele conta com um sistema híbrido plug-in, que permite recarregar a bateria em uma tomada convencional ou em um posto de recarga rápida.
Desafios e soluções para os carros elétricos no Brasil
O mercado de carros elétricos no Brasil ainda enfrenta alguns desafios, como o alto custo
de aquisição, a falta de incentivos fiscais, a baixa oferta de modelos e a escassez de pontos de recarga. Esses fatores dificultam a popularização dessa modalidade de transporte, que traz benefícios para o meio ambiente e para a economia.
No entanto, esses obstáculos tendem a ser superados com o avanço da tecnologia, a conscientização ambiental, a pressão regulatória e a competitividade do setor. Segundo a ABVE, o país terá 1 milhão de carros elétricos e híbridos em circulação até 2030.
Para alcançar esse objetivo, é preciso investir em infraestrutura de recarga, que ainda é limitada no país. De acordo com a Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABM), existem cerca de 3,8 mil eletropostos no Brasil, mas a previsão é que a indústria automobilística brasileira investirá cerca de R$ 14 bilhões em infraestrutura para carros elétricos até 2035.
Outra medida importante é estimular a demanda por carros elétricos, oferecendo incentivos fiscais, subsídios, descontos, isenções e benefícios para os compradores. Alguns estados e municípios já adotaram essas iniciativas, como São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Distrito Federal. Também é preciso diversificar a oferta de modelos e recursos, para atender às diferentes necessidades e preferências dos consumidores.