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Minutos após pronunciamento de Moro, Câmara articula CPI e convida ex-juiz

Ao anunciar a saída do cargo, Moro acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal

Moro: ex-juiz deixa ministério da Justiça do governo Bolsonaro (Rafael Marchante/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2020 às 13h45.

Última atualização em 24 de abril de 2020 às 15h59.

Logo após as denúncias feitas por Sergio Moro sobre possível interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, parlamentares correram para levar a investigação das acusações ao Parlamento.

O deputado Aliel Machado (PSB-PR) já apresentou um requerimento de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à Câmara. "É inaceitável que se legitime ações de obstrução do processo criminal em sentido estrito e em sentido amplo. É esse o relato do então ministro da Justiça", diz Machado no pedido. O deputado já está coletando digitalmente as assinaturas para protocolar o documento. São necessárias 171 para isso. "Já tenho deputados assinando", disse o Machado no começo da tarde desta sexta-feira.

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O deputado Luiz Miranda (DEM-DF) está preparando um pedido para que Moro seja convidado a prestar esclarecimentos no plenário da Câmara sobre as denúncias feitas por ele nesta sexta-feira. Ele não poderá ser convocado, ou seja, obrigado a comparecer, porque isso só pode ser feito para ministros ou titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República.

Depois Moro anunciar sua demissão, o ex ministro da Justiça e Segurança Pública acusou nesta o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. "O presidente me quer fora do cargo", disse Moro, ao deixar claro que a saída foi motivada por decisão de Bolsonaro.

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