Ministros ficam; “Dilma é maluca”…
Todo mundo fica Apesar da perspectiva de demissões de ministros nesta segunda-feira, tudo ficou como estava. Depois que boatos circularam no final de semana sobre a saída do advogado-geral da União, Fábio Osório, e sobre o despacho de Janot, que afirmou que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, havia atuado para ajudar a OAS […]
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2016 às 19h01.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h36.
Todo mundo fica
Apesar da perspectiva de demissões de ministros nesta segunda-feira, tudo ficou como estava. Depois que boatos circularam no final de semana sobre a saída do advogado-geral da União, Fábio Osório, e sobre o despacho de Janot, que afirmou que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, havia atuado para ajudar a OAS no Congresso, Temer decidiu que ninguém seria demitido. Pelo menos por enquanto, o presidente interino vai esperar o desenrolar dos fatos para tomar uma decisão.
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Nada muda no impeachment
O deputado Raimundo Lira, presidente da Comissão Especial do Impeachment, voltou atrás na decisão que reduzia de 15 para cinco dias o prazo para a defesa e a acusação apresentarem suas alegações finais no processo. Lira havia acatado o pedido da senadora Simone Tebet na semana passada, o que faria o processo de impeachment chegar a uma votação final antes da Olimpíada. A defesa da presidente afastada Dilma Rousseff recorreu ao STF; e a sinalização de que o ministro Ricardo Lewandowski poderia derrubar a decisão fez com que Lira voltasse atrás.
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Cunha ainda influencia
Um dia antes da votação que decide o prosseguimento do processo de cassação de Eduardo Cunha, a Comissão de Constituição e Justiça deu um parecer que pode favorecê-lo no caso. Em resposta a uma consulta enviada pelo presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, a comissão recomendou ao plenário decidir sobre um projeto de resolução vindo do Conselho de Ética, e não sobre o parecer do relator. Na prática, a medida pode favorecer Eduardo Cunha numa eventual votação no plenário. A votação no Conselho de Ética será amanhã, terça-feira 7.
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Temer e os cargos
O presidente interino Michel Temer disse nesta segunda-feira que determinou a paralização de nomeações políticas para diretorias de estatais ou fundos de pensão. A intenção é acabar com ingerências para que essas instituições sejam usadas politicamente. A medida deve valer até a aprovação do projeto de lei que prevê quesitos técnicos para a indicação desses cargos de confiança.
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Cerveró: “Dilma é maluca”
Em seus depoimentos na Lava-Jato, Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, disse que Dilma Rousseff sabia das irregularidades que ocorriam no governo, inclusive do caso de Pasadena. Cerveró disse que foi sacaneado por Dilma e que a presidente afastada é “maluca”. Ele ainda disse que foi colocado na diretoria da BR Distribuidora em 2008 pelo próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como pagamento pela ajuda ao quitar um empréstimo com o banco Schahin obtido por José Carlos Bumlai para o pagamento de propinas.
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Dilma/Temer só em 2017
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Gilmar Mendes, disse que o julgamento da prestação de contas da chapa de Dilma e Temer nas eleições de 2014 deverá ocorrer somente em 2017. A pedido do PSDB, o processo deve julgar se houve dinheiro ilícito na campanha da candidata vencedora da eleição. Perguntado o que aconteceria caso o impeachment retirasse Dilma definitivamente do cargo, ele disse que a única jurisprudência no TSE ocorreu em Roraima com a morte do ex-governador Ottomar Pinto, eximindo o vice de culpa.