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Ministro tenta atenuar fala sobre paralisia nos Transportes

O ministro dos Transportes tentou minimizar as declarações que fez sobre o risco de paralisação de obras públicas por falta de recursos

O ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues: Rodrigues assegurou que as obras serão adequadas a um "cronograma novo" (André Corrêa/ Agência Senado)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de abril de 2015 às 16h21.

Brasília - O ministro dos Transportes , Antonio Carlos Rodrigues, tentou nesta quarta-feira, 29, minimizar as declarações que fez na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) no Senado sobre o risco de paralisação de obras públicas no país por falta de recursos.

Na saída da audiência pública ele - que havia culpado a Operação Lava Jato e as restrições orçamentárias impostas pelo Ministério da Fazenda por uma eventual paralisia do setor - chegou a negar a possibilidade de isso ocorrer.

"Vocês estão levando para outro lado", afirmou o ministro. "As obras estão todas em andamento e nós vamos ter recursos até o final de maio. Vamos dar continuidade em todas as obras sim, só que eu vou ter obras prioritárias", completou.

Rodrigues assegurou que as obras não serão atrasadas, mas adequadas a um "cronograma novo". "Vocês estão colocando atrasar na minha boca. Não é atrasar é adequar", reclamou, ao ser questionado sobre a paralisia das obras.

Na entrevista, o ministro disse que vai reunir toda a estrutura do ministério hoje para tratar sobre quais obras são prioritárias e destacou que o novo cronograma vai depender dos recursos financeiros à disposição.

Durante a audiência pública, Rodrigues havia admitido que obras podem ser paralisadas no País.

"Estou acabando de pagar ainda dezembro e iniciando janeiro. Então, vai haver várias reclamações dos senhores sobre paralisação de obras. Parou, sim! Eu não vim aqui, não há cortina de fumaça, eu não posso esconder o que está acontecendo no ministério. Tudo que aconteceu e que está acontecendo no Brasil afetou muito o meu setor de transporte. Por quê? As grandes empresas estão na Lava Jato, as que tinham suporte para aguentar a fase de atraso de pagamentos. E as pequenas não têm", afirmou.

O ministro disse que espera o aporte, previsto para o ano de 2015, de R$ 13,6 bilhões em investimentos na área para começar a discutir prioridades. Rodrigues pediu aos senadores desculpas por não poder listá-las, por ordem de importância, até o momento.

Ele disse que até o início de maio saberá o quanto terá disponível e se colocou à disposição para voltar ao Senado tão logo obtenha a informação. O governo, que deve fazer um contingenciamento em torno de R$ 70 bilhões, deve decidir em breve quanto cada ministério terá à disposição.

Rodrigues e os senadores defenderam a necessidade de sensibilizar Joaquim Levy para liberar recursos para o setor. Anfitrião de um jantar hoje à noite com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou na audiência que o ministro "erra a mão" na forma como conduz o ajuste fiscal. Maggi disse que o governo não pode deixar de pagar fornecedores que já prestaram serviços.

"Não pagar os fornecedores que fizeram serviços para trás só tem um nome, é calote, o governo pediu, processou e na hora de pagar o ministro da Fazenda não paga porque está fazendo superávit?", criticou o senador do PR, ao defender que o governo tem de sinalizar, num momento de ajuste fiscal, quais projetos são prioritários.

Blairo Maggi lembrou ter apoiado a reeleição da presidente Dilma Rousseff, pedindo votos e defendendo as ações do governo para a sua região. "Assim como muita gente se sente enganado, eu me sinto enganado", admitiu o senador do PR. "Eu vejo que eu estava errado e os que estavam contra mim estavam certos", completou.

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Na saída da audiência pública ele - que havia culpado a Operação Lava Jato e as restrições orçamentárias impostas pelo Ministério da Fazenda por uma eventual paralisia do setor - chegou a negar a possibilidade de isso ocorrer.

"Vocês estão levando para outro lado", afirmou o ministro. "As obras estão todas em andamento e nós vamos ter recursos até o final de maio. Vamos dar continuidade em todas as obras sim, só que eu vou ter obras prioritárias", completou.

Rodrigues assegurou que as obras não serão atrasadas, mas adequadas a um "cronograma novo". "Vocês estão colocando atrasar na minha boca. Não é atrasar é adequar", reclamou, ao ser questionado sobre a paralisia das obras.

Na entrevista, o ministro disse que vai reunir toda a estrutura do ministério hoje para tratar sobre quais obras são prioritárias e destacou que o novo cronograma vai depender dos recursos financeiros à disposição.

Durante a audiência pública, Rodrigues havia admitido que obras podem ser paralisadas no País.

"Estou acabando de pagar ainda dezembro e iniciando janeiro. Então, vai haver várias reclamações dos senhores sobre paralisação de obras. Parou, sim! Eu não vim aqui, não há cortina de fumaça, eu não posso esconder o que está acontecendo no ministério. Tudo que aconteceu e que está acontecendo no Brasil afetou muito o meu setor de transporte. Por quê? As grandes empresas estão na Lava Jato, as que tinham suporte para aguentar a fase de atraso de pagamentos. E as pequenas não têm", afirmou.

O ministro disse que espera o aporte, previsto para o ano de 2015, de R$ 13,6 bilhões em investimentos na área para começar a discutir prioridades. Rodrigues pediu aos senadores desculpas por não poder listá-las, por ordem de importância, até o momento.

Ele disse que até o início de maio saberá o quanto terá disponível e se colocou à disposição para voltar ao Senado tão logo obtenha a informação. O governo, que deve fazer um contingenciamento em torno de R$ 70 bilhões, deve decidir em breve quanto cada ministério terá à disposição.

Rodrigues e os senadores defenderam a necessidade de sensibilizar Joaquim Levy para liberar recursos para o setor. Anfitrião de um jantar hoje à noite com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o senador Blairo Maggi (PR-MT) afirmou na audiência que o ministro "erra a mão" na forma como conduz o ajuste fiscal. Maggi disse que o governo não pode deixar de pagar fornecedores que já prestaram serviços.

"Não pagar os fornecedores que fizeram serviços para trás só tem um nome, é calote, o governo pediu, processou e na hora de pagar o ministro da Fazenda não paga porque está fazendo superávit?", criticou o senador do PR, ao defender que o governo tem de sinalizar, num momento de ajuste fiscal, quais projetos são prioritários.

Blairo Maggi lembrou ter apoiado a reeleição da presidente Dilma Rousseff, pedindo votos e defendendo as ações do governo para a sua região. "Assim como muita gente se sente enganado, eu me sinto enganado", admitiu o senador do PR. "Eu vejo que eu estava errado e os que estavam contra mim estavam certos", completou.

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