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'Mineração não será tão preponderante para a economia de MG', diz Zema

Governador voltou à pauta após transbordamento de dique de barragem sobre a BR-040 em Nova Lima

Governador apontou que o MP de MG e a Advocacia Geral do Estado entraram com ação contra a Vallourec, responsável pela barragem da Mina cujo dique transbordou esta semana (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de janeiro de 2022 às 14h52.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) aponta que a mineração, atividade que, em suas palavras, causa danos ao meio ambiente, tende a ter um peso menor para a economia do Estado daqui em diante. "Outras atividades, que agridem menos o meio ambiente, estão crescendo e fazendo com que a mineração não seja tão preponderante", disse, em entrevista à CNN Brasil.

O governador lembra que Minas tem lei aprovada em 2021 que prevê que mais de 50 barragens sejam descomissionadas. "A retirada desse material não se faz rapidamente. Tem mineradoras que estão com trabalhos adiantados, mas isso não se faz de um dia para o outro", disse.

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Sobre o transbordamento do dique sobre a BR-040 que ocorreu ontem em Nova Lima, o governador apontou que o Ministério Público de Minas Gerais e a Advocacia Geral do Estado entraram com ação contra a Vallourec, responsável pela barragem da Mina. Como citou Zema, o pedido cobra que a empresa seja autuada em R$ 1 milhão por dia até que a situação esteja restabelecida.

"O Estado também está cobrando medida compensatória pela interdição da estrada, pois a atividade econômica ficou prejudicada", disse. Segundo o governador, cidadãos que tiveram prejuízos também têm direito de entrar com ação.

Zema afirma que os técnicos do estado e a Agência Nacional de Mineração monitoram barragens em risco e que regiões com possibilidade de vazamentos já tiveram a área evacuada antes do período de chuvas. "Temos acompanhado hora a hora a situação das barragens do Estado. Esperamos que a tragédia de Mariana e Brumadinho nunca mais volte a acontecer."

Chuvas

O governador disse que o estado tem 154 cidades que sofreram danos com as chuvas intensas, mas que o número deve ser ampliado após este fim de semana. O estado já direcionou R$ 6 milhões em cestas básicas e kits de higiene para os desabrigados, afirma Zema.

Capitólio

Na região turística da cidade de Capitólio, a 293 km de Belo Horizonte, onde uma estrutura rochosa desabou sobre lanchas neste sábado, 7, e deixou ao menos oito mortos, a chuva também deve seguir. Zema afirmou que o excesso de chuvas foi a provável causa da tragédia.

 

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