Exame Logo

Minas não tem imperador, diz Pimentel após evento em BH

Ex-ministro afirmou que o eleitorado mineiro vai escolher o próximo governante "em uma disputa política democrática, dentro do jogo"

Fernando Pimentel: declarações foram feitas após palestra para empresários na qual o petista teceu uma série de críticas ao Executivo mineiro (Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de maio de 2014 às 19h21.

Belo Horizonte - Provável candidato do PT ao governo de Minas, o ex-ministro Fernando Pimentel afirmou nesta terça-feira, 13, que o Estado "não tem dono, nem rei, nem imperador" e que o eleitorado mineiro vai escolher o próximo governante "em uma disputa política democrática, dentro do jogo".

As declarações foram feitas após palestra para empresários na qual o petista teceu uma série de críticas ao Executivo mineiro.

O governo de Minas foi comandado pelo atual senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal adversário da presidente Dilma Rousseff, entre 2003 e 2010, ano em que assumiu o vice e também tucano Antonio Anastasia, reeleito naquele ano.

Hoje, o Estado está sob gestão de Alberto Pinto Coelho (PP), também aliado do senador. Mas, questionado, Pimentel negou que estivesse referindo-se ao tucano. "Eu falo de reis e imperadores. O Aécio é senador", disse.

Pouco antes, o petista - que cumprimentou até os garçons e outras pessoas que trabalhavam no evento - fez uma série de elogios a Aécio, com quem disse ter "identidade em muitos pontos" e que classificou como "uma pessoa de trato muito fácil".

Chegou a dizer que teria manteria uma relação "bastante estreita" com Aécio caso os dois sejam eleitos para os cargos que devem disputar.

Mas criticou várias áreas do governo mineiro, principalmente a economia, que, segundo ele, tem "muito a ver" com o público do evento, composto principalmente por "empresários, executivos, que lidam com a questão econômica".

"O sentimento em Minas Gerais é de que Minas ficou aquém do que poderia. Não é uma crítica de dizer que o governo não fez nada, foi tudo horrível. Seria absolutamente injusto se falasse isso", salientou.

Pimentel ainda usou como comparação a gestão federal e avaliou que, "por uma série de motivos, Minas não acompanhou" o crescimento do País e de outros Estados e hoje é responsável pela terceira participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional "distante" do Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição.

"Se olharmos a trajetória que o Brasil percorreu nesses 12 anos e outros Estados percorreram, é isso que tenho ouvido muito forte: que Minas ficou para trás. Não é que andou para trás, mas andou menos que outros", disse. "E a nossa taxa de crescimento (mineira) ano passado foi 0,5% e a taxa nacional foi 2,3%", acrescentou.

Petrobras

Ao ser perguntado durante debate com os empresários sobre o efeito de investigações de possíveis irregularidades na Petrobras em sua candidatura, o ex-ministro disse que é "inevitável e natural" a "associação da imagem" dele com a da presidente Dilma, mas minimizou os estragos que as ações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado para investigar a estatal.

"Vão fazer as apurações necessárias e o que tiver que ser feito vai ser feito. Nós vivemos um momento no Brasil de lavar roupa suja geral. Vale para todo mundo. O governo federal não teme CPIs.

Outros governos a gente já não pode dizer o mesmo, porque evitam, bloqueiam", afirmou, sem citar nomes. Em Minas Gerais e São Paulo, as gestões tucanas usaram a maioria nas assembleias legislativas para impedir a instalação de CPI pedidas pela oposição e consideradas incômodas pelos Executivos.

Veja também

Belo Horizonte - Provável candidato do PT ao governo de Minas, o ex-ministro Fernando Pimentel afirmou nesta terça-feira, 13, que o Estado "não tem dono, nem rei, nem imperador" e que o eleitorado mineiro vai escolher o próximo governante "em uma disputa política democrática, dentro do jogo".

As declarações foram feitas após palestra para empresários na qual o petista teceu uma série de críticas ao Executivo mineiro.

O governo de Minas foi comandado pelo atual senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal adversário da presidente Dilma Rousseff, entre 2003 e 2010, ano em que assumiu o vice e também tucano Antonio Anastasia, reeleito naquele ano.

Hoje, o Estado está sob gestão de Alberto Pinto Coelho (PP), também aliado do senador. Mas, questionado, Pimentel negou que estivesse referindo-se ao tucano. "Eu falo de reis e imperadores. O Aécio é senador", disse.

Pouco antes, o petista - que cumprimentou até os garçons e outras pessoas que trabalhavam no evento - fez uma série de elogios a Aécio, com quem disse ter "identidade em muitos pontos" e que classificou como "uma pessoa de trato muito fácil".

Chegou a dizer que teria manteria uma relação "bastante estreita" com Aécio caso os dois sejam eleitos para os cargos que devem disputar.

Mas criticou várias áreas do governo mineiro, principalmente a economia, que, segundo ele, tem "muito a ver" com o público do evento, composto principalmente por "empresários, executivos, que lidam com a questão econômica".

"O sentimento em Minas Gerais é de que Minas ficou aquém do que poderia. Não é uma crítica de dizer que o governo não fez nada, foi tudo horrível. Seria absolutamente injusto se falasse isso", salientou.

Pimentel ainda usou como comparação a gestão federal e avaliou que, "por uma série de motivos, Minas não acompanhou" o crescimento do País e de outros Estados e hoje é responsável pela terceira participação no Produto Interno Bruto (PIB) nacional "distante" do Rio de Janeiro, que ocupa a segunda posição.

"Se olharmos a trajetória que o Brasil percorreu nesses 12 anos e outros Estados percorreram, é isso que tenho ouvido muito forte: que Minas ficou para trás. Não é que andou para trás, mas andou menos que outros", disse. "E a nossa taxa de crescimento (mineira) ano passado foi 0,5% e a taxa nacional foi 2,3%", acrescentou.

Petrobras

Ao ser perguntado durante debate com os empresários sobre o efeito de investigações de possíveis irregularidades na Petrobras em sua candidatura, o ex-ministro disse que é "inevitável e natural" a "associação da imagem" dele com a da presidente Dilma, mas minimizou os estragos que as ações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado para investigar a estatal.

"Vão fazer as apurações necessárias e o que tiver que ser feito vai ser feito. Nós vivemos um momento no Brasil de lavar roupa suja geral. Vale para todo mundo. O governo federal não teme CPIs.

Outros governos a gente já não pode dizer o mesmo, porque evitam, bloqueiam", afirmou, sem citar nomes. Em Minas Gerais e São Paulo, as gestões tucanas usaram a maioria nas assembleias legislativas para impedir a instalação de CPI pedidas pela oposição e consideradas incômodas pelos Executivos.

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014Partidos políticosPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Brasil

Mais na Exame