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Miliciano acusado de matar jovens em Maricá agiu sozinho, diz polícia

Investigações apontaram que os cinco jovens foram assassinados com a mesma arma e que não há comprovação de envolvimento das vítimas com o crime

Violência: testemunha teria visto miliciano João Paulo Firmino na cena do crime, ocorrido no dia 25 de março (Warren Little/Getty Images)
AB

Agência Brasil

Publicado em 9 de abril de 2018 às 16h19.

Em ação conjunta, policiais da Delegacia de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo e do Grupo de Atuação Especial de Comabte ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio prenderam hoje (9) João Paulo Firmino, Jefferson Moraes Ramos e Flávio Ferreira Martins acusados de participarem de uma milícia que age em Maricá, região metropolitana do Rio. A ação teve a finalidade de cumprir mandado de prisão temporária contra João Paulo Firmino, suspeito de ser o executor de cinco jovens, no dia 25 de março, no Condomínio Carlos Marighella, em Itaipuaçu.

De acordo com as investigações, os jovens Matheus Barauna dos Santos; Patrick da Silva Diniz; Mateus Bitencourt da Silva; Sávio de Oliveira Vitipó e Marcus Jonathan Silva de Souza, com idade entre 14 e 20 anos, foram abordadas no interior do condomínio onde residiam, junto a uma churrasqueira, onde conversavam, quando o executor determinou que todos deitassem no chão e efetuou diversos disparos de arma de fogo contra regiões letais, como cabeça e tórax.

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A descrição detalhada de João Paulo Firmino foi feita por uma testemunha que relatou que, ao ouvir os tiros, na madrugada do dia 25, foi até a janela e viu o executor. Ela disse ainda que o assassino, antes de entrar no veículo que conduzia, gritou: "Entra todo mundo, pois aqui é a milícia. Vou acabar com a bagunça no condomínio".

A delegada Bárbara Lomba, titular da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí disse que a polícia chegou aos nomes de integrantes de uma quadrilha de milicianos, contra os quais já havia mandados de prisão por homicídio por outros crimes na região. As investigações apontaram que todas as vítimas foram assassinadas com a mesma arma e que "não há comprovação de envolvimento dos rapazes mortos com o crime". A polícia continuará investigando o caso.

O chefe operacional da Polícia Civil, delegado Gilberto Ribeiro disse que "a milícia é prioridade da polícia, como também o tráfico de drogas. A forma de atuação de um e de outro grupo é bastante semelhante. Queremos deixar muito claro que para a Polícia Civil hoje a prioridade é dar fim ou pelo menos combater de forma enérgica todo tido de crime organizado".

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