São Paulo - A presidente Dilma Rousseff decidiu transferir para o vice-presidente, Michel Temer , a articulação política do governo.
O Palácio do Planalto divulgou na noite desta terça-feira um comunicado em que anuncia a saída de Pepe Vargas da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência e atribui esta nova competência ao vice-presidente.
Com Temer à frente da articulação política do governo, Dilma coloca o presidente do maior partido aliado, o PMDB, no comando de uma área problemática desde o início de seu segundo mandato, com o objetivo de melhorar o relacionamento com o Congresso Nacional, principalmente com o PMDB.
A medida acontece após o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha ( PMDB ), recusar o convite de Dilma para assumir a Secretaria de Relações Institucionais.
Pepe Vargas era uma escolha pessoal da presidente para a articulação política, que vinha recebendo críticas da base aliada e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A troca de ministro, feita após uma reunião da presidente Dilma com líderes governistas no Planalto, foi confirmada anteriormente pelo deputado Sibá Machado (PT-AC), líder do governo na Câmara dos Deputados, e pelo senador Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Os dois participaram da reunião dos líderes da base aliada nesta terça-feira.
De acordo com a Reuters, o peemedebista afirmou que Dilma aproveitou também a reunião, marcada para tratar das medidas de ajuste fiscal patrocinadas pelo governo, para pedir que o Legislativo corte gastos e evite aprovar novas despesas.
Texto atualizado às 19h13
São Paulo - Uma semana após o vazamento de relatório interno da Secretaria de Comunicação Social que criticava o governo Dilma, o ministro chefe da Secom Thomas Traumann acaba de
deixar o cargo. O relatório foi divulgado no dia 17 de março pelo jornal
O Estado de S. Paulo. Em cinco páginas, o texto faz um balanço da atuação do governo desde o fim das eleições, em outubro passado, e critica duramente as estratégias do Planalto. Segundo o documento, os eleitores de Dilma Rousseff estariam se sentindo traídos diante das medidas econômicas adotadas pela presidente e do escândalo de corrupção na Petrobras. O relatório admite que o governo vive hoje um "caos político" e uma situação de "derrota por WO". E afirma que o pronunciamento de Dilma em 8 de março irritou ainda mais os eleitores. Entre outros conselhos, o documento sugere que Dilma faça mais aparições públicas - mesmo com os panelaços. A julgar pela quantidade de entrevistas que a presidente concedeu na semana passada, ela provavelmente acatou a proposta, mesmo aceitando, hoje, a demissão de Traumann. Em uma semana, Traumann é o segundo ministro de Dilma a pedir demissão. O então ministro da Educação Cid Gomes também
deixou o cargo após um bate-boca com parlamentares no plenário da Câmara. Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná, Traumann teve passagens pelo jornal Folha de S. Paulo e pelas revistas Veja e Época. Traumann estava no governo desde 2011, quando assumiu a coordenação da área de imprensa da Casa Civil. Após o anúncio de sua saída, o ex-ministro postou no
Twitter trecho de uma música de Paulinho da Viola: "Vou imprimir novos rumos/ Ao barco agitado que foi minha vida". Veja 7 frases do relatório que critica o governo.
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9. Veja, agora, se a situação vai piorar ou melhorar para Dilma 9 /9(Ueslei Marcelino/Reuters)