Mesas na rua: SP testa novo modelo para funcionamento de restaurantes
O projeto-piloto, inspirado em cidades fora do Brasil, usa o estacionamento e parte da calçada para colocar as mesas dos estabelecimentos
Clara Cerioni
Publicado em 6 de agosto de 2020 às 17h19.
Última atualização em 6 de agosto de 2020 às 17h22.
Inspirada em Nova York e Paris , a cidade de São Paulo vai testar um projeto que permite bares e restaurantes a usar o estacionamento da rua e parte da calçada para colocar as mesas e atender os clientes ali mesmo. O decreto com as regras foi publicado nesta quinta-feira, 6, e beneficia 32 estabelecimentos na região da República, no centro da capital.
De acordo com o prefeito Bruno Covas (PSDB), a ideia é garantir o isolamento social em tempos de pandemia de covid-19 e aumentar a capacidade de atendimento dos estabelecimentos, que atualmente é de 40%.
“Esse projeto-piloto vai permitir à prefeitura de São Paulo definir e testar regras para a ocupação das calçadas, visando o compartilhamento entre o uso das cadeiras e os pedestres. Também vai permitir o atendimento às normas de higiene, limpeza e de distanciamento social. Se der certo, a gente vai implementar em toda a cidade”, explicou o prefeito em entrevista coletiva nesta quarta-feira, 5.
Para usar os espaços, os estabelecimentos, que ficam nas ruas Major Sertório, General Jardim, Bento Freitas e José Paulo Mantovan Freire (veja o mapa abaixo), precisam seguir algumas regras. As mesas devem comportar no máximo seis pessoas, com espaço de 2 metros entre elas e ter uma identificação do restaurante responsável.
É permitido ainda ocupar uma faixa do estacionamento na rua de até 2,2 metros, a partir do meio-fio. Também é necessário deixar um espaço na calçada de 1,2 metro para a circulação de pedestres.
Como o projeto é um teste, durante o período de até 12 meses não será cobrado o Termo de Permissão de Uso pelo espaço extra.
Quatro ruas do centro da capital paulista fazem parte do projeto-piloto
Bares e restaurantes podem abrir até 22 horas
Na quinta-feira, o governo do estado de São Paulo autorizou estabelecimentos do ramo de alimentação a abrir até as 22. A flexibilidade só é permitida a regiões que estejam há, pelo menos, 14 dias na fase 3 amarela da quarentena do Plano São Paulo. A capital paulista, parte da região metropolitana e a Baixada Santista se encaixam neste perfil.
Antes da decisão, os estabelecimentos só podiam abrir até as 17 horas. Esta flexibilização do horário era uma demanda do setor, principalmente das pizzarias, que geralmente funcionam no período noturno.
Apesar da alteração, o tempo máximo de abertura permanece o mesmo, 6 horas por dia. Os estabelecimento podem escolher se funcionam por este período ininterruptamente ou se dividem em duas etapas, almoço e jantar, por exemplo.
A capacidade fica limitada a 40% de pessoas sentadas, com distanciamento de 2 metros entre as mesas. Não é permitida a permanência de clientes em pé.