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Melhoria da qualidade de vida diminui mortes por câncer

Cálculo foi feito com base nas taxas de mortes a cada 100 mil pessoas por ano, registradas pelo Ministério da Saúde

Câncer: letalidade do câncer de estômago foi a que mais diminui: 2,9% entre os homens e 2,49%, entre as mulheres (Justin Sullivan/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 16h50.

Rio de Janeiro - A melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e o maior acesso à saúde provocaram queda da mortalidade por câncer . Levantamento divulgado hoje (27) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra que entre 2003 a 2012, a redução de mortes por diversos tipos de câncer foi 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres.

O cálculo foi feito com base nas taxas de mortes a cada 100 mil pessoas por ano, registradas pelo Ministério da Saúde.

A letalidade do câncer de estômago foi a que mais diminui: 2,9% entre os homens e 2,49%, entre as mulheres. A redução é associada a avanços no saneamento básico e à conservação de alimentos, segundo o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Cláudio Noronha.

“O saneamento reduziu a prevalência da bactéria helicobacter pylori, fator de risco, e os refrigeradores mantém alimentos mais frescos e saudáveis, e exigem menos sal na conservação”, disse.

Entre os dez tipos de câncer que mais causam mortes, o câncer de mama, de colo de útero e de próstata, também apresentaram reduções, de 0,01% (estabilidade), 1,62% e 0,39%.

Como o número de pacientes com as doenças tem aumentado, os médicos comemoraram a queda da mortalidade, atribuída a maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento.

O coordenador do Inca levantou preocupação com o câncer de pulmão entre as mulheres. Entre 2003 e 2012, a mortalidade caiu 1,65% em homens e aumentou 1,47% em mulheres.

O percentual é impactado por pessoas que fumaram nos últimos 20 a 30 anos. “Se o Brasil não tivesse tido a política atual, de controle do tabagismo, a situação seria outra. Estudos mostram que cerca de 300 mil mortes foram evitadas”, frisou.

De acordo com levantamento do Inca, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm as menores taxas de mortalidade por câncer. No Norte e Nordeste, o aparente aumento está ligado ao aperfeiçoamento dos indicadores. Antes, as mortes por câncer eram registradas como indefinidas.

“O médico atestava o óbito, mas não sabia dizer a causa. Hoje, [a razão das] mortes foram descortinadas. Por isso, para o Norte e Nordeste o padrão de informação é bem melhor”, esclareceu Noronha.

O câncer é a segunda causa de morte no país, atrás das doenças cardiovasculares. Em terceiro lugar estão os acidentes, como os automobilísticos, e mortes violentas. São fatores de risco para a doença a obesidade e hábitos não saudáveis, como o fumo, a ingestão de bebidas alcoólicas e refrigerantes, além de fatores hereditários e o envelhecimento.

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Rio de Janeiro - A melhoria da qualidade de vida dos brasileiros e o maior acesso à saúde provocaram queda da mortalidade por câncer . Levantamento divulgado hoje (27) pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostra que entre 2003 a 2012, a redução de mortes por diversos tipos de câncer foi 0,53% entre os homens e 0,37% entre as mulheres.

O cálculo foi feito com base nas taxas de mortes a cada 100 mil pessoas por ano, registradas pelo Ministério da Saúde.

A letalidade do câncer de estômago foi a que mais diminui: 2,9% entre os homens e 2,49%, entre as mulheres. A redução é associada a avanços no saneamento básico e à conservação de alimentos, segundo o coordenador de Prevenção e Vigilância do Inca, Cláudio Noronha.

“O saneamento reduziu a prevalência da bactéria helicobacter pylori, fator de risco, e os refrigeradores mantém alimentos mais frescos e saudáveis, e exigem menos sal na conservação”, disse.

Entre os dez tipos de câncer que mais causam mortes, o câncer de mama, de colo de útero e de próstata, também apresentaram reduções, de 0,01% (estabilidade), 1,62% e 0,39%.

Como o número de pacientes com as doenças tem aumentado, os médicos comemoraram a queda da mortalidade, atribuída a maior acesso ao diagnóstico e ao tratamento.

O coordenador do Inca levantou preocupação com o câncer de pulmão entre as mulheres. Entre 2003 e 2012, a mortalidade caiu 1,65% em homens e aumentou 1,47% em mulheres.

O percentual é impactado por pessoas que fumaram nos últimos 20 a 30 anos. “Se o Brasil não tivesse tido a política atual, de controle do tabagismo, a situação seria outra. Estudos mostram que cerca de 300 mil mortes foram evitadas”, frisou.

De acordo com levantamento do Inca, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste têm as menores taxas de mortalidade por câncer. No Norte e Nordeste, o aparente aumento está ligado ao aperfeiçoamento dos indicadores. Antes, as mortes por câncer eram registradas como indefinidas.

“O médico atestava o óbito, mas não sabia dizer a causa. Hoje, [a razão das] mortes foram descortinadas. Por isso, para o Norte e Nordeste o padrão de informação é bem melhor”, esclareceu Noronha.

O câncer é a segunda causa de morte no país, atrás das doenças cardiovasculares. Em terceiro lugar estão os acidentes, como os automobilísticos, e mortes violentas. São fatores de risco para a doença a obesidade e hábitos não saudáveis, como o fumo, a ingestão de bebidas alcoólicas e refrigerantes, além de fatores hereditários e o envelhecimento.

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