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MELHORES E MAIORES 50 anos: CSN, destaque histórico em mineração, tem na integração sua força

Hoje, 30 anos depois da privatização, a empresa tem a própria mina de ferro, também exporta o minério e investe em outros segmentos como energia e cimento

CSN: hoje a empresa tem a própria mina de ferro, também exporta o minério e investe em outros segmentos como energia e cimento. (Germano Lüders/Exame)
André Martins

Repórter de Brasil e Economia

Publicado em 30 de agosto de 2023 às 13h35.

Última atualização em 30 de agosto de 2023 às 16h42.

Ícone da industrialização brasileira, a Companhia Siderúrgica Nacional ( CSN ) foi fundadapor Getúlio Vargas em 1941. Quando criada, o seu foco era transformar ferro em aço nos fornos da cidade de Volta Redonda, no interior do Rio de Janeiro. Ela era só uma siderúrgica.Logo nos primeiros anos de MELHORES E MAIORES, em 1975, a empresa já figurou entre os destaques do setor metalúrgico.O avanço do setor automobilístico brasileiro e de grandes obras de infraestrutura, favoreceram a companhia.Na época, o Brasil vivia sob o regime militar, com alta da inflação, mas conseguia manter o ritmo do chamado "Milagre Econômico".

Assim como o país, a empresa seguiu em transformação. Em 1993, foi privatizada e passou para o companhia estava em uma situação muito difícil, com grandes perdas, mas continuava integrada e com grande potencial para desenvolvimento. "A partir da privatização, nos propusemos a ter uma empresa mais moderna, mais voltada para o futuro, maximizando os negócios e potencializando ao máximo os seus ativos", afirmou Benjamin Steinbruch, presidente da CSN,à EXAME.

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E essa proposta de ser uma empresa mais voltada para o futuro trouxe resultado em menos de dez anos. Em 2001, a companha foi a grande vencedorade MELHORES E MAIORES. Naquele ano, a CSN dava início à internacionalização de suas operações, com a constituição da CSN LLC, nos Estados Unidos, e a incorporação da Lusosider, em Portugal.

A consistência histórica e o impacto da privatização da empresa foram determinantes para a CSN ser arecordista em premiações anuais no setor deSiderurgia, Mineração e Metalurgia, empatada com a com CBMM. Cada empresa venceu a premiação nove vezes.

Hoje, 30 anos depois da privatização, a empresa tem a própria mina de ferro, também exporta o minério e investe em outros segmentos como energia e cimento. "Um dos grandes diferenciais e que certamente nos trouxeram até aqui, é que a CSN mostrou, durante esses anos todos de atuação, ser uma empresa forte, corajosa e determinada. Passou por muitos desafios e soube como se posicionar perante essas mudanças, apostando em uma atuação integrada de seus seis segmentos: siderurgia, mineração, cimentos, energia, logística e inovação/tecnologia. Nossa missão é sempre buscar a perpetuidade de nossos negócios, visando o bem-estar de nossos colaboradores, investidores e da comunidade em geral", afirma Steinbruch.

Quando completou 80 anos, em 2021, a companhia lançou sua divisão de mineração na bolsa. Hoje, a CSN Mineração S.A. está entre as maiores exportadoras de minério de ferro do Brasil.A empresa está em 18 estados brasileiros e também atua na Alemanha e em Portugal.No segmento de cimentos, a CSN se consolidou como a segunda maior produtora do país, após uma série de aquisições nos últimos anos. Em 2021, o grupo comprou a LafargeHolcim, um dos maiores produtores de cimento no país na época, e aElizabeth Cimentos, empresa do nordeste.

Todo o trabalho, segundo Steinbruch, se baseia em uma robusta cultura ESG. O plano estratégico da empresa prevê investimentos de R$ 5 bilhões em projetos ambientais, sociais e de governança até 2030. São ao todo 48 projetos que devem ser contemplados nesse período. Aliado ao plano, a CSN divulgou no ano passado, o seu primeiro relatório de ação climática, com metas e ações em sua estratégia de descarbonização de todas as suas operações até 2050.

Futuro da CSN

Com desafios, principalmente com o aumento de custos com matérias-primas na produçãosiderúrgica e cimentícia,o CEO da companhia afirmou que a redução da alavancagem, que representa a saúde financeira do Grupo CSN, e a busca por inovação e novas tecnologias, vão proporcionar a chance de seguir como protagonista do setor. Segundo Steinbruch, a CSN Inova, criada em 2018, "permitiu nos inserir estratégica e ativamente no ecossistema da inovação".

A plataforma busca criar e desenvolver soluções, além de contratar e construir parceiras com startups e empresas de tecnologias. Em 2020, o o fundo de venture capital, o CSN Inova Ventures, recebeu aporte de R$ 100 milhões para investimentos. "Nos últimos anos, um dos maiores desafios foi entender todas as mudanças do mercado e saber como se posicionar de forma inovadora, com cada um dos negócios trabalhando de forma independente", afirma.

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