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Medo de retaliação faz viação mandar ônibus para garagem

Ordem da Viação Cidade Dutra é que todos os ônibus retornem para a garagem e as atividades sejam suspensas para que não haja retaliações

Motorista dorme dentro de ônibus enquanto eles estão em fila na Avenida Rebouças, durante a greve dos motoristas de ônibus em São Paulo (Nacho Doce/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 21 de maio de 2014 às 19h25.

São Paulo - Depois da greve de motoristas e cobradores de ônibus e de ter cinco ônibus de sua frota queimados por manifestantes sem-teto nesta terça-feira, 20, a ordem da Viação Cidade Dutra nesta quarta, 21, é que todos os ônibus retornem para a garagem e as atividades sejam suspensas para que não haja retaliações.

A empresa afirma que, nesta quarta, correias de motores de ônibus foram cortadas e "chaves foram perdidas para prejudicar a operação", mas não soube informar quem são os responsáveis por esses atos.

Segundo funcionários que não quiseram se identificar, diretoria, motoristas e cobradores temem retaliações com as greves e protestos na capital.

"A ordem é que todos os ônibus voltem para a garagem e não é para ninguém ficar parado nos pontos finais. Há medo de retaliações de quem está fazendo greve, mas o medo principal é que tenha mais protesto de sem-teto nessa região, que aconteceram depois de algumas desapropriações nessa área", disse um dos funcionários.

A Viação Cidade Dutra, por meio da assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), afirmou que "devido ao ocorrido ontem e por medo de novos protestos e retaliações, a frota está operando de maneira reduzida".

O sindicato afirmou que "não houve uma ordem de paralisação completa da empresa, apenas parcial", mas não soube informar quais linhas e quantos veículos pararam.

A gerência de operações da Viação Cidade Dutra afirmou, por meio do sindicato, que "essa redução se deve também a ônibus que tiveram sua mecânica danificada e as chaves perdidas, para prejudicar a operação" nesta quarta-feira, mas não sabe identificar quem foram os responsáveis pelos danos aos veículos.

A viação possui ônibus que fazem linhas que chegam aos bairros no extremo da zona sul de Cidade Dutra, Parelheiros, Vargem Grande, Grajaú, Parque Residencial Cocaia e Jardim Varginha.

Protesto

Por volta das 19 horas desta terça, cinco ônibus da Viação Cidade Dutra foram queimados na Avenida Dona Belmira Marin, no Grajaú, na zona sul.

Quatro veículos foram totalmente queimados e um parcialmente destruído. Os ataques não tiveram relação com a greve dos motoristas e cobradores, que aconteceu também na terça.

Segundo policiais militares, a confusão teria começado durante um protesto de sem-teto de uma área conhecida como Barro Branco.

Na madrugada desta quarta-feira a polícia fez a perícia no local e liberou os ônibus. Dois deles, contudo, continuam no local onde foram incendiados.

Segundo a Viação, ainda não há previsão de retirada dos veículos porque a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ainda não deu apoio de trânsito para a manobra dos veículos.

A CET informou que "o efetivo de guinchos da CET está em campo", mas que "há o entendimento da Companhia e da própria Secretaria Municipal de Transportes de que a operação de trânsito precisa do reforço da PM para agir nos locais onde há manifestação de ônibus e cobradores de ônibus".

Na tarde desta quarta-feira, segundo a CET, o Secretário Jilmar Tatto se reuniu em seu gabinete com representantes da Secretaria do Estado de Segurança Pública para falar sobre o movimento grevista.

A Polícia Militar foi procurada, mas ainda não se manifestou.

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São Paulo - Depois da greve de motoristas e cobradores de ônibus e de ter cinco ônibus de sua frota queimados por manifestantes sem-teto nesta terça-feira, 20, a ordem da Viação Cidade Dutra nesta quarta, 21, é que todos os ônibus retornem para a garagem e as atividades sejam suspensas para que não haja retaliações.

A empresa afirma que, nesta quarta, correias de motores de ônibus foram cortadas e "chaves foram perdidas para prejudicar a operação", mas não soube informar quem são os responsáveis por esses atos.

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"A ordem é que todos os ônibus voltem para a garagem e não é para ninguém ficar parado nos pontos finais. Há medo de retaliações de quem está fazendo greve, mas o medo principal é que tenha mais protesto de sem-teto nessa região, que aconteceram depois de algumas desapropriações nessa área", disse um dos funcionários.

A Viação Cidade Dutra, por meio da assessoria de imprensa do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss), afirmou que "devido ao ocorrido ontem e por medo de novos protestos e retaliações, a frota está operando de maneira reduzida".

O sindicato afirmou que "não houve uma ordem de paralisação completa da empresa, apenas parcial", mas não soube informar quais linhas e quantos veículos pararam.

A gerência de operações da Viação Cidade Dutra afirmou, por meio do sindicato, que "essa redução se deve também a ônibus que tiveram sua mecânica danificada e as chaves perdidas, para prejudicar a operação" nesta quarta-feira, mas não sabe identificar quem foram os responsáveis pelos danos aos veículos.

A viação possui ônibus que fazem linhas que chegam aos bairros no extremo da zona sul de Cidade Dutra, Parelheiros, Vargem Grande, Grajaú, Parque Residencial Cocaia e Jardim Varginha.

Protesto

Por volta das 19 horas desta terça, cinco ônibus da Viação Cidade Dutra foram queimados na Avenida Dona Belmira Marin, no Grajaú, na zona sul.

Quatro veículos foram totalmente queimados e um parcialmente destruído. Os ataques não tiveram relação com a greve dos motoristas e cobradores, que aconteceu também na terça.

Segundo policiais militares, a confusão teria começado durante um protesto de sem-teto de uma área conhecida como Barro Branco.

Na madrugada desta quarta-feira a polícia fez a perícia no local e liberou os ônibus. Dois deles, contudo, continuam no local onde foram incendiados.

Segundo a Viação, ainda não há previsão de retirada dos veículos porque a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) ainda não deu apoio de trânsito para a manobra dos veículos.

A CET informou que "o efetivo de guinchos da CET está em campo", mas que "há o entendimento da Companhia e da própria Secretaria Municipal de Transportes de que a operação de trânsito precisa do reforço da PM para agir nos locais onde há manifestação de ônibus e cobradores de ônibus".

Na tarde desta quarta-feira, segundo a CET, o Secretário Jilmar Tatto se reuniu em seu gabinete com representantes da Secretaria do Estado de Segurança Pública para falar sobre o movimento grevista.

A Polícia Militar foi procurada, mas ainda não se manifestou.

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