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Marun defende apoio dos participantes do governo para candidatura única

Segundo Marun, os nomes dos substitutos dos ministros que deixarem seus cargos para concorrer às eleições devem ser definidos na primeira semana de abril

Carlos Marun: "No momento em que esse candidato for definido, é natural que o governo deseje que estejamos unidos" (José Cruz/Agência Brasil)
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Reuters

Publicado em 22 de março de 2018 às 18h27.

Brasília - O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou nesta quinta-feira que o governo alimenta o desejo de unir em torno de sua candidatura todos partidos --e pré-candidatos-- de sua base ou que participem da gestão.

O ministro também disse ter certeza que o candidato a ser definido pelo governo estará no segundo turno das eleições de outubro.

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"Nós obviamente desejamos --e será esse o caminho-- que a partir do momento em que for definido aquele que vier a ser o candidato do governo, que todos aqueles que participam do governo estejam empenhados também nesse processo", disse Marun a jornalistas, acrescentando que há um "longo espaço de conversa" até que as candidaturas sejam decididas.

"No momento em que esse candidato for definido, é natural que o governo deseje que estejamos unidos."

Ainda segundo Marun, os nomes dos substitutos dos ministros que deixarem seus cargos para concorrer às eleições devem ser definidos na primeira semana de abril. A sinalização, explicou o ministro, é que há chefes de pastas que desejam já passar a Páscoa fazendo campanha, caso do ministro da Saúde, Ricardo Barros, e dos ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella.

O DEM, partido que já apresentou a pré-candidatura do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) à Presidência da República, deve permanecer no governo, segundo o ministro, até que o cenário eleitoral se defina melhor.

"Mesmo com a pré-candidatura (o DEM) se mantém no governo até o momento em que nós tivermos definidas candidaturas, especialmente a candidatura do governo", disse.

Marun negou ainda que o governo trabalhe com a hipótese da apresentação de uma eventual terceira denúncia contra o presidente Michel Temer, no âmbito do chamado inquérito dos portos, o que poderia minar sua não descartada candidatura à reeleição.

"Não será denunciado... não cogitamos dessa possibilidade", disse. "Esse inquérito dos portos, eu repito, é a investigação do assassinato de alguém que não morreu."

O ministro avalia que, caso se confirme a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva --que tem habeas corpus preventivo analisado nesta quinta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF)-- o PT terá menos força nas eleições.

"O ex-presidente Lula é maior do que o Partido dos Trabalhadores", disse, afirmando que haverá uma migração de parte dos votos de Lula a outros candidatos, inclusive representantes da direita.

Reoneração

Responsável pela articulação política do governo, o ministro comemorou a aprovação na noite da quarta-feira de um requerimento que conferiu urgência a projeto que suspende desoneração concedida a diversos setores. A expectativa de Marun é que a proposta em si seja votada na próxima semana.

"Entendo que foi uma vitória significativa", disse. "É um sinal de que o governo dispõe de base suficiente para avançar na aprovação daquilo que nós sugerimos e que o presidente (da Câmara) Rodrigo Maia e do Senado, o senador Eunício Oliveira (MDB-CE), entendam que deva ser pautado. Nós demos sugestões, a reoneração é uma das mais importantes", avaliou.

Ao mesmo tempo que Marun mostrava um expectativa otimista sobre a aprovação da matéria, o secretário de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, George Soares, apresentava o relatório de receitas e despesas do governo sem contar com os cerca de 8,9 bilhões de reais previstos no projeto da reoneração.

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