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Marina rebate críticas de Dilma e aposta em tom mais duro

Desde o último fim de semana, o PT tem feito ataques mais duros à candidatura de Marina Silva

Marina Silva: "falta de caráter é vir em uma comunidade como Paraisópolis e não cumprir com o que se comprometeu. Isso é mentira" (Paulo Whitaker/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 16h16.

São Paulo - A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva , visitou nesta quarta-feira a favela de Paraisópolis, em São Paulo, onde aproveitou para responder ataques feitos pela presidente Dilma Rousseff ( PT ) sobre sua posição na votação da CPMF quando foi senadora.

Ontem, no Rio de Janeiro, Dilma afirmou novamente que Marina votou contra a criação do imposto, ao contrário do que a presidenciável disse durante a campanha, e disse que a concorrente na corrida pelo Palácio do Planalto sofre de "desvio de caráter".

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"Falta de caráter é vir em uma comunidade como Paraisópolis e não cumprir com o que se comprometeu. Isso é mentira", rebateu Marina ao indicar que a petista teria prometido a construção de um hospital no lugar durante a campanha de 2010 e não cumpriu.

Desde o último fim de semana, o PT tem feito ataques mais duros à candidatura de Marina, especialmente em relação ao posicionamento da candidata diante de alguns assuntos como a CPMF e suas propostas de governo.

A ex-senadora, que despencou nas últimas pesquisas de intenção de voto e corre o risco de não ir ao segundo turno foi incisiva em algumas propostas apresentadas em Paraisópolis e voltou a se defender de ataques da presidente.

"Não venha me chamar de mentirosa. Mentira é quem diz que não sabe que tinha roubo na Petrobras. Mentira é quem diz que não sabe que está acontecendo corrupção neste país. Mentira é quem diz que ia fazer 6 mil creches e fez apenas 400. O que eu estou dizendo aqui não é nenhuma mentira contra a nossa presidente", destacou.

Marina, que adotou um tom mais enfático, também fez críticas quando questionada por suas "companhias" e considerou como "contradição" os relacionamentos da presidente com alguns políticos.

"As companhias que a presidente tem como Collor, Sarney, Maluf, Renan Calheiros, Jarder Barbalho e tantas outras, essa sim é a contradição mais profunda hoje", ironizou.

Candidato à vice-presidente na chapa do PSB, Beto Albuquerque, que acompanhou Marina na visita à comunidade paulista, também respondeu em tom elevado às críticas do PT.

"Os ataques passaram do limite. Se o Rui Falcão (presidente do PT) está preocupado com a CPMF, nós estamos preocupados com a corrupção na Petrobras", declarou.

Durante a visita, Marina gravou seu último programa eleitoral no primeiro turno, que vai ao ar na quinta-feira. Ela foi recebida pela apresentação da Orquestra Filarmônica e Ballet de Paraisópolis, conversou com moradores e garantiu que, caso eleita, fará a primeira visita ao local como havia prometido a Eduardo Campos em julho.

A ex-senadora também ironizou o distanciamento do governo das comunidades, dizendo que a "realidade não é a da propaganda de TV política, fantasiosa".

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