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Marina vai adiar confirmação de apoio a Aécio, diz jornal

Ex-candidata desistiu de comparecer a encontro da chapa. Expectativa era de que ela assumisse apoio ao tucano durante a reunião

Marina Silva, durante conferência do PSB em que confirmou 3º lugar nas eleições (Nacho Doce/Reuters)

Talita Abrantes

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 13h24.

São Paulo - De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, Marina Silva (PSB) pode adiar a declaração de apoio a Aécio Neves . A ex-candidata à presidência desistiu de comparecer ao encontro da coligação de sua campanha, que acontece hoje em Brasília.

A expectativa era de que a ex-senadora assumisse, durante a reunião, seu apoio ao candidato tucano.A assessoria de imprensa de Marina confirma apenas que ela não estará no evento que acontece em Brasília.

A decisão da ex-ministra do Meio Ambiente surpreendeu os líderes do PSB, partido que já declarou apoio ao candidato. Segundo Roberto Amaral, presidente da sigla, a própria Marina teria convocado o encontro. Em reunião na noite de ontem, o partido que ela pretende criar decidiu endossar Aécio no segundo turno.

Ontem, Marina teria se encontrado com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também do PSDB.

Candidata após a morte de Eduardo Campos, Marina Silva era a favorita para ir para o segundo turno com Dilma Rousseff (PT), mas ficou em terceiro lugar no primeiro turno da eleição, com 21,32% dos votos, no último domingo. Em troca de apoio, ela teria feito uma série de exigências a Aécio. A ideia seria desenhar uma aliança programática, como Marina definiu.

Segundo o Estado de S. Paulo, a ex-presidenciável estaria esperando um aceno de Aécio em relação a tais propostas.

Na prática, segundo especialistas consultados por EXAME.com, o acordo não deve render tantos votos para o tucano. Veja o que Aécio tem a ganhar com o apoio de Marina.

São Paulo - E Marina Silva acabou entrando na lista de derrotados do primeiro turno. Além dessa grande surpresa, outras viradas e resultados inesperados marcaram as vitórias e derrotas no primeiro dia de eleição. Veja a seguir quem foram os principais derrotados da noite:
  • 2. Marina Silva

    2 /21(Sergio Moraes/Reuters)

  • Veja também

    Marina Silva , quando entrou na disputa no lugar de Eduardo Campos , parecia que seria a próxima presidente do País. Ela incorporou uma imagem quase santa. As pesquisas mostravam um empate com Dilma no primeiro turno e uma vitória no segundo.  Mas, alguns debates e muitos ataques do PT depois, Marina despencou. Alguns dias atrás, Aécio Neves parecia estar delirando quando disse que tinha certeza de que iria para o segundo turno. Só parecia. Ela conseguiu pouco mais de 22 milhões de votos (21,3%).
  • 3. Rui Costa Pimenta

    3 /21(Divulgação/Facebook/Rui Costa Pimenta)

  • O candidato à presidência do PCO teve de se conformar com a lanterninha da corrida presidencial. Ele obteve pouco mais de 13 mil votos (0,01%).
  • 4. Alexandre Padilha

    4 /21(Paulo Pinto/Fotos Públicas)

    O ex-ministro da Saúde se mostrou, aos olhos do PT, um candidato correto e firme para tirar o monopólio do PSDB em São Paulo. Mas Alexandre Padilha não teve um apoio forte da máquina governamental do PT na campanha - como era esperado - e nunca chegou perto de incomodar Geraldo Alckimin na disputa.  Acabou ficando em terceiro, com 18,22% dos votos.
  • 5. Paulo Skaf

    5 /21(Ayrton Vignola/Skaf 15/Divulgação)

    O candidato do PMDB ao governo de São Paulo também nunca chegou perto de Geraldo Alckmin na disputa.  Ficou em segundo lugar com 21,53% dos votos - bem mais perto do terceiro colocado que do topo.
  • 6. Gleisi Hoffmann

    6 /21(Antonio Cruz/Agência Brasil)

    A ex-ministra-chefe da Casa Civil deixou o cargo para se candidatar ao governo do Paraná , mas não obteve sucesso. Ficou em terceiro lugar na votação, com 14,87% dos votos - e bem longe de Beto Richa, reeleito.
  • 7. Eduardo Suplicy

    7 /21(Fábio Teixeira/ EXAME.com)

    Eduardo Suplicy vai sentir saudades de seus discursos e cantorias no Senado Federal. Desde 1991 no cargo, o candidato do PT perdeu a vaga para José Serra.Suplicy ficou em segundo lugar, com 32,53% dos votos.
  • 8. Gilberto Kassab

    8 /21(José Cruz/ABr)

    O ex-deputado federal e ex-prefeito de São Paulo não repetiu suas vitórias anteriores dessa vez. Candidato ao Senado do PSD , partido do qual é presidente, Kassab ficou apenas em terceiro, com 5,94% dos votos.
  • 9. Paulo Bauer

    9 /21(Diego Redel/Divulgação/Paulo Bauer)

    Paulo Bauer (atualmente no PSDB) sempre sentiu o gosto da vitória em Santa Catarina . Mas o ex-senador não obteve sucesso ao tentar impedir a reeleição do governador Raimundo Colombo. Com 29,9% dos votos, não conseguiu nem levar a disputa para o segundo turno.
  • 10. Roberto Requião

    10 /21(Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)

    Roberto Requião (PMDB) já obteve muitas vitórias nas urnas do Paraná: duas vezes como senador, três vezes como governador e também como deputado estadual. Mas, em 2014, teve de encarar a derrota: ficou em segundo lugar na disputa pelo governo do Paraná e ainda perdeu no primeiro turno. Obteve 27,65% dos votos.
  • 11. Anthony Garotinho

    11 /21(Bloomberg News)

    O ex-governador do Rio de Janeiro chegou a liderar as pesquisas para o governo, mas despencou em poucos dias. No fim, o candidato do PR ficou de fora do segundo turno, que será disputado entre Luiz Fernando Pezão e Marcelo Crivella. Obteve 19,73% dos votos.
  • 12. Pimenta da Veiga

    12 /21(Pedro Paiva/Agência de Notícias PSDB-MG)

    Ex-deputado federal e ex-prefeito de Belo Horizonte e uma das lideranças do PSDB, o candidato Pimenta da Veiga não correspondeu às expectativas e saiu derrotado das urnas na disputa pelo governo de Minas Gerais . Conseguiu uma votação expressiva (41,89% dos votos, mais de 4 milhões), mas seu adversário Fernando Pimentel (PT) conseguiu mais da metade dos votos.
  • 13. Edison Lobão Filho

    13 /21(Wilson Dias/Abr)

    O senador pelo Maranhão não obteve sucesso ao tentar ser governador do estado. Foi derrotado ainda no primeiro turno, apesar de ter levado 33,69% dos votos.
  • 14. Agnelo Queiroz

    14 /21(Beto Oliveira/ Câmara dos Deputados)

    Governador em exercício, do partido da posição e ainda em pleno Distrito Federal . Nenhuma dessas vantagens (teoricamente) foi capaz de ajudar o candidato do PT Agnelo Queiroz. Ele não conseguiu se reeleger, ficando fora do segundo turno. Obteve apenas 20,07% dos votos.
  • 15. Cesar Maia

    15 /21(Márcio José Moraes/Divulgação)

    O ex-prefeito do Rio de Janeiro não conseguiu derrotar o campeão da Copa de 94. O candidato do DEM obteve apenas 20,51% dos votos e perdeu a vaga no Senado para Romário .
  • 16. Yeda Crusius

    16 /21(JEFFERSON BERNARDES/Divulgação)

    A ex-governadora do Rio Grande do Sul conseguiu um resultado pífio em seu estado. Candidata do PSDB para ser deputada federal, obteve apenas 71.794 votos, 1,22% do total.
  • 17. Armando Monteiro

    17 /21(Pedro França/Agência Senado)

    O senador por Pernambuco não conseguiu se eleger governador. O candidato do PTB obteve menos da metade dos votos do seu adversário, Paulo Câmara - este eleito em primeiro turno.
  • 18. Cândido Vaccarezza

    18 /21(Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

    Citado em um suposto esquema de corrupção envolvendo a Petrobras , o deputado federal por São Paulo do PT não conseguiu se reeleger. Vaccarezza obteve apenas 50 mil votos, 0,24% do total.
  • 19. Heloísa Helena

    19 /21(Lailson Santos/VEJA)

    A candidata do PSOL ao Senado por Alagoas perdeu para um nome bem polêmico: Fernando Collor . O ex-presidente-deposto foi reeleito. Helena obteve um bom resultado, 31,76%, mas não o suficiente.
  • 20. Angela Portela

    20 /21(Wikimedia Commons)

    A senadora por Roraima tinha a força do PT ao seu lado na disputa pelo governo do estado. Mas Portela perdeu ainda no primeiro turno para Chico Rodrigues, com 30,82%.
  • 21. Agora conheça os deputados mais atuantes

    21 /21(Pedro França/Agência Senado)

  • * Matéria atualizada às 13h20 para incluir a informação de que Marina Silva estaria esperando o posicionamento de  Aécio Neves.
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