Marina alfineta FHC após carta e vincula histórico de tucanos a petistas
A candidata da Rede disse que falar apenas sobre petistas e tucanos não é a melhor forma de falar em nome do país
Estadão Conteúdo
Publicado em 21 de setembro de 2018 às 14h43.
Última atualização em 21 de setembro de 2018 às 15h27.
São Paulo - A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva , alfinetou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ao ser questionada sobre sua opinião acerca da carta escrita pelo tucano. "É legítimo que o ex-presidente se coloque, ainda mais quando seu próprio partido vive a mesma dificuldade do partido que hoje já tem um dos seus líderes presos", afirmou nesta sexta-feira, 21, após encontro com ambientalistas, no bairro Consolação (SP).
A candidata afirmou também que "fazer um discurso para que haja uma união e dizer que o figurino cabe no candidato do seu partido talvez não seja a melhor forma de falar em nome do Brasil", em referência ao texto de FHC, e emendou: "Não podemos, em nome das pesquisas, impor à sociedade brasileira que este é apenas um plebiscito entre o azul e o vermelho", disse.
Na quinta, o ex-presidente FHC publicou uma carta aberta na qual afirma que a situação do País é "dramática", mas que ainda "há tempo para deter a marcha de insensatez".
Ele defendeu apoio único a quem tem "melhores condições de êxito eleitoral" entre candidatos de centro para não levar o País ao aprofundamento da crise institucional. Contudo, não citou nominalmente o candidato de seu partido, Geraldo Alckmin, na missiva.
No evento com ambientalistas, Marina relembrou o período em que esteve à frente do Ministério do Meio Ambiente e defendeu que a preservação dos biomas não deve ser vista como um empecilho para o desenvolvimento econômico do Brasil.
A candidata da Rede atacou ainda fortemente os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), cujas gestões teriam comprometido as áreas de preservação nacional.