Manifestantes protestam em frente de prédio da ministra Cármen Lúcia em BH
Segundo organizadores, a manifestação visa pressionar a colocação das ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) na pauta do STF
Estadão Conteúdo
Publicado em 24 de agosto de 2018 às 21h06.
Última atualização em 24 de agosto de 2018 às 21h09.
Integrantes de movimentos sociais protestam na noite desta sexta-feira, 24, em frente ao prédio da presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia , no bairro Santo Agostinho, região centro-sul de Belo Horizonte, em Minas Gerais . Segundo organizadores, a manifestação visa a pressionar a colocação das ações declaratórias de constitucionalidade (ADCs) na pauta do STF. Isso possibilitaria a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Operação Lava Jato.
Participam do protesto representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). Segundo uma das coordenadoras nacionais do MST, Ester Hoffmann, Lula é vítima de uma "prisão política".
"Apesar disso, o ex-presidente lidera as intenções de voto no País. O povo brasileiro quer que ele seja candidato", afirmou.
Em abril, integrantes do MST jogaram tinta vermelha no prédio da ministra. O protesto aconteceu porque Cármen Lúcia deu o voto de desempate para que não fosse concedido habeas corpus pedido pela defesa de Lula, preso no dia 7 daquele mês. Ao menos por enquanto, a manifestação desta sexta-feira é pacífica.
Organizadores informaram que o protesto é ainda em apoio à greve de fome realizada também por integrantes de movimentos populares com o mesmo objetivo de pressionar o STF para que julgue as ADCs.