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Manifestantes contra impeachment marcham rumo ao Congresso

O grupo reúne representantes dos movimentos do MST e dos Pequenos Agricultores (MPA), da CUT, dos Artistas pela Democracia e outros

Impeachment: “Ao longo desta semana, vamos fazer todos os atos que forem necessários contra o golpe, contra o impeachment, pela democracia" (Talita Abrantes/EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2016 às 20h20.

Manifestantes contrários à abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff fazem, neste momento, ato em defesa do governo, com marcha em direção ao Congresso Nacional.

O grupo reúne representantes dos movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos Pequenos Agricultores (MPA), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), dos Artistas pela Democracia e outros.

De acordo com a Polícia Federal do Distrito Federal, cerca de 300 pessoas participam da marcha. Segundo uma das representantes do Acampamento pela Democracia, Rafaela Alves, de hoje (11) até domingo (17), o movimento pretende reunir 150 mil pessoas de todo o país na capital federal.

“Ao longo desta semana, vamos fazer todos os atos que forem necessários contra o golpe, contra o impeachment, pela democracia. Entendemos que o golpe é nos trabalhadores, não somente no governo”, afirma Rafaela.

Nas proximidades da Esplanada dos Ministérios, desde a noite de domingo (10), simpatizantes do governo e defensores do impeachment começaram a montar acampamento.

Os movimentos que são contra o impedimento de Dilma montam suas barracas no estacionamento do Teatro Nacional, a poucos quilômetros do Congresso.

A Polícia Militar monitora os acampamentos, e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) preparou um esquema de segurança especial para esta semana, dividindo a Esplanada dos Ministérios ao meio com um alambrado que foi montado domingo por detentos do regime semiaberto do Centro de Detenção Provisória de Brasília.

A ideia é impedir a visibilidade e o contato entre os grupos contrários e reduzir a chance de provocações e embates.

“O que estamos vendo é uma luta de classes na rua, o muro é o reflexo disso. A luta de classe não é de hoje. De um lado, os que pautam o golpe e do outro, os que pautam a democracia.

Essa é a certeza de que há dois projetos em disputa”, afirma a representante do Acampamento pela Democracia.

Um corredor de 80 metros de largura no gramado central da Esplanada será ocupado pelas forças de segurança, separando os dois grupos: os contra o impeachment, do lado norte, onde fica o Teatro Nacional; os que são a favor do afastamento de Dilma, do lado sul, junto à Catedral de Brasília.

Abril Vermelho

Representantes dos movimentos de luta pela reforma agrária, por sua vez, destacaram que o 17 de abril já é um dia em que tradicionalmente se reúnem em Brasília, por marcar o Dia Internacional de Lutas Camponesas, e quando é lembrado o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em que 19 camponeses foram mortos pela polícia, há 20 anos.

O movimento, conhecido como Abril Vermelho, é realizado anualmente em todo o país e este ano, terá atos concentrados na capital federal.

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Manifestantes contrários à abertura de processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff fazem, neste momento, ato em defesa do governo, com marcha em direção ao Congresso Nacional.

O grupo reúne representantes dos movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e dos Pequenos Agricultores (MPA), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), dos Artistas pela Democracia e outros.

De acordo com a Polícia Federal do Distrito Federal, cerca de 300 pessoas participam da marcha. Segundo uma das representantes do Acampamento pela Democracia, Rafaela Alves, de hoje (11) até domingo (17), o movimento pretende reunir 150 mil pessoas de todo o país na capital federal.

“Ao longo desta semana, vamos fazer todos os atos que forem necessários contra o golpe, contra o impeachment, pela democracia. Entendemos que o golpe é nos trabalhadores, não somente no governo”, afirma Rafaela.

Nas proximidades da Esplanada dos Ministérios, desde a noite de domingo (10), simpatizantes do governo e defensores do impeachment começaram a montar acampamento.

Os movimentos que são contra o impedimento de Dilma montam suas barracas no estacionamento do Teatro Nacional, a poucos quilômetros do Congresso.

A Polícia Militar monitora os acampamentos, e a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) preparou um esquema de segurança especial para esta semana, dividindo a Esplanada dos Ministérios ao meio com um alambrado que foi montado domingo por detentos do regime semiaberto do Centro de Detenção Provisória de Brasília.

A ideia é impedir a visibilidade e o contato entre os grupos contrários e reduzir a chance de provocações e embates.

“O que estamos vendo é uma luta de classes na rua, o muro é o reflexo disso. A luta de classe não é de hoje. De um lado, os que pautam o golpe e do outro, os que pautam a democracia.

Essa é a certeza de que há dois projetos em disputa”, afirma a representante do Acampamento pela Democracia.

Um corredor de 80 metros de largura no gramado central da Esplanada será ocupado pelas forças de segurança, separando os dois grupos: os contra o impeachment, do lado norte, onde fica o Teatro Nacional; os que são a favor do afastamento de Dilma, do lado sul, junto à Catedral de Brasília.

Abril Vermelho

Representantes dos movimentos de luta pela reforma agrária, por sua vez, destacaram que o 17 de abril já é um dia em que tradicionalmente se reúnem em Brasília, por marcar o Dia Internacional de Lutas Camponesas, e quando é lembrado o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em que 19 camponeses foram mortos pela polícia, há 20 anos.

O movimento, conhecido como Abril Vermelho, é realizado anualmente em todo o país e este ano, terá atos concentrados na capital federal.

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