Mancha Verde anuncia fim de atividades após morte de fundador
Fundador da principal torcida uniformizada do Palmeiras, Moacir Bianchi, foi assassinado em uma emboscada no bairro do Ipiranga, em São Paulo
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de março de 2017 às 07h14.
Última atualização em 3 de março de 2017 às 08h55.
São Paulo - A torcida organizada Mancha Alviverde a principal uniformizada do Palmeiras , anunciou nesta quinta-feira o encerramento das atividades por tempo indeterminado.
A agremiação publicou o aviso na página oficial no Facebook depois de o fundador da facção, Moacir Bianchi, ter sido assassinado na noite de quarta-feira, em emboscado no bairro de Ipiranga, na capital paulista.
No texto, a torcida credita o encerramento após 34 anos a "diversos problemas". A principal organizada do clube também tem uma escola de samba, que disputa o Grupo Especial do Carnaval de São Paulo.
"Comunicamos a todos os associados que a torcida Mancha Alviverde após 34 anos de fundação está encerrando suas atividades por tempo indeterminado", diz trecho do comunicado.
O Estado apurou que a agremiação tem sofrido com problemas internos, fruto de divisões entre a diretoria e a filial da Zona Sul da capital. A rixa causou conflitos e brigas em uma das sedes da torcida, nos arredores no Allianz Parque.
No último dia 12, membros da organizada brigaram depois de um desentendimento dias antes. Já noite desta quarta-feira, houve uma nova briga na região do estádio.
Bianchi, fundador e ex-presidente da organizada, foi assassinado a tiros no Ipiranga. O caso foi encaminhado ao Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) para investigação.
"Uma pessoa que tanto lutou para que a Mancha Verde pudesse se tornar uma grande torcida, e para que a torcida do Palmeiras fosse respeitada. Moacir fez da Mancha Verde a sua vida", diz comunicado da Mancha no Facebook.