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Maia não atende a pedido da oposição e mantém rito de votação

O grupo de oposicionistas definiu que não dará quórum durante o dia para forçar que a votação da denúncia contra Temer aconteça à noite

Maia: "Se não há acordo e uma das partes pede respeito ao regimento, tenho que respeitar o regimento" (Wilson Dias/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de agosto de 2017 às 19h15.

Última atualização em 1 de agosto de 2017 às 20h25.

Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta terça-feira, 1, que não vai alterar o rito da votação da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer , como pedem partidos da oposição.

A jornalistas no Congresso, o parlamentar fluminense afirmou que, como não houve acordo entre base e oposição na reunião em que o rito foi discutido, ele terá de seguir o regimento.

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"Na última reunião que tivemos antes do recesso, foi tentado construir um acordo e líderes da base queriam o cumprimento do regimento. Se não há acordo e uma das partes pede respeito ao regimento, tenho que respeitar o regimento. Sem acordo, a votação pode ser nula. Então tudo que vamos fazer amanhã será respeitando o regimento", disse o parlamentar fluminense.

Como mostrou mais cedo o Estadão/Broadcast, a oposição questiona o rito da votação. A principal reclamação dos opositores é que Maia permitiu que a sessão de debates comece com 52 dos 513 deputados em plenário e que essa fase pode ser interrompida após apenas quatro discursos - dois contra e dois a favor do relatório - , bastando que um requerimento de encerramento da discussão seja aprovado.

O grupo de oposicionistas se reunirá, novamente, à noite para fazer uma nova avaliação no cenário, mas já definiu que não dará quórum durante o dia para forçar que a votação aconteça à noite, quando um maior número de cidadãos está em casa e poderá assistir à sessão.

O presidente da Câmara ressaltou que tentou construir acordo fora do regimento com a oposição antes do recesso.

Na avaliação dele, se a oposição tivesse aceitado votar a matéria na sexta-feira, 14 de julho, um acordo para dar mais tempo de debate sobre o parecer no plenário poderia ter sido firmado.

"Agora a base também não quer acordo que, em tese, garante mais tempo de debate da oposição", disse.

"O regimento e a Constituição são instrumentos do meu trabalho. Disse desde o início: sou de um partido da base, aliado ao presidente Michel Temer, mas sou presidente da Câmara. Vou respeitar o regimento da Casa e a Constituição, isso que vou fazer amanhã", afirmou Maia em entrevista nesta terça. Ele disse ter "muita esperança" de que a votação será concluída nesta quarta-feira, 2.

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