Maia decidiu não abrir impeachment contra Bolsonaro, diz líder do PT
O presidente da Câmara havia ameaçado aceitar um dos pedidos depois que o DEM decidiu desembarcar do bloco de apoio a Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara
Alessandra Azevedo
Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 15h58.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2021 às 15h59.
Depois de conversas com parlamentares, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), decidiu não levar adiante a ideia de aceitar algum dos pedidos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro, disse o líder do PT, Ênio Verri (PR). “Ele falou que não vai abrir (o processo de impeachment)”, afirmou Verri, ao sair do gabinete de Maia, nesta segunda-feira, 1º.
Com o desembarque do DEM do bloco de apoio a Baleia Rossi (MDB-SP) na disputa pela presidência da Câmara, no domingo, 31, Maia ameaçou aceitar um dos pedidos de impeachment. Como o mandato como presidente da Casa se encerra nesta segunda, esse seria o último gesto dele antes de deixar a cadeira.Deputados governistas e de centro se reuniram com Maia nesta segunda para convencê-lo a não cumprir a ameaça.
Segundo Verri, o PT está garantido no bloco de apoio a Baleia, apesar de ter tido dificuldades, mais cedo, ao fazer o registro.Pela primeira vez na história, neste ano, o protocolo foi feito de forma virtual, devido à pandemia do novo coronavírus, o que gerou dificuldades técnicas e alguns atrasos. A Secretaria-Geral da Mesa ainda não divulgou os blocos, apesar de o prazo para registros ter terminado às 12h.
No Twitter, Baleia Rossi reforçou que a candidatura foi registrada com o PT e com o PSDB, que mais cedo discutia a possibilidade de desembarcar do bloco. O emedebista anunciou apoio dePT, MDB, PSB, PSDB, PDT, SD, PCdoB, Cidadania, PV e Rede.