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Maia avalia se deve restringir acesso à Câmara por coronavírus

Nesta terça, evento Todos pela Educação foi cancelado porque presidente da ONG, Priscila Cruz, estava com suspeita de infecção

Rodrigo Maia: "Tem que se avaliar se vale a pena, já pedi para o diretor-geral falar com o Ministério da Saúde se vale a pena restringir acesso" (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2020 às 18h07.

Última atualização em 10 de março de 2020 às 18h08.

São Paulo  — Após participar de um evento que foi cancelado no dia seguinte por uma suspeita de coronavírus, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse avaliar se será necessário restringir o acesso na Câmara dos Deputados devido ao risco de circulação do vírus. Maia pediu conselhos ao Ministério da Saúde para tomar a decisão.

"Por enquanto não (vamos fazer nada no Congresso). Tem que se avaliar se vale a pena, já pedi para o diretor-geral falar com o Ministério da Saúde se vale a pena restringir acesso", disse. "Aqui circula muita gente por dia, e todo ambiente onde você tem pessoas que circulem com renda de classe média alta, certamente tem algum cruzamento com viagens", afirmou.

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O evento Todos Pela Educação, do qual participaram, na segunda-feira, 9, Maia e o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, foi cancelado na manhã desta terça-feira, 10, porque a presidente da ONG, Priscila Cruz, estava com suspeita de infecção do coronavírus.

Além de Maia, deputados, senadores, secretários de educação de diversos estados, dirigentes das principais ONGs de educação do País e dezenas de jornalistas estiveram no evento, que ocorreu em um hotel em Brasília. O 'Encontro Anual Educação Já' teria três dias e acabaria apenas nesta quarta-feira.

Cruz era a anfitriã do evento, recebeu e cumprimentou boa parte dos participantes e todas as autoridades. Maia foi um deles. Ele disse, no entanto, que se sentia bem nesta terça-feira, sem qualquer sintoma. Mas não minimizou os cuidados necessários para se evitar a circulação do vírus. "Presidente (Bolsonaro) disse que não há motivos para termos medo, de que há um exagero no assunto. Acho que a gente tem que tomar cuidado, fazer todos os procedimentos que o Ministério da Saúde recomenda, álcool gel, lavar a mão com sabonete, não botar a mão no rosto", disse.

"Essas preocupações a diretoria geral já deve ter tomado. Colocar mais álcool gel à disposição de todos, e estar sempre circulando com as informações de como proceder para evitar a contaminação", afirmou ainda Maia.

Depois de falar com a imprensa, Maia parou para limpar as mãos com álcool em gel em pote fixado ao lado da entrada do elevador privativo de autoridades na chapelaria da Câmara.

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