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Lula pode se entregar amanhã em SP após missa para Marisa

A cerimônia em memória da ex-primeira-dama Marisa Letícia, morta no ano passado, está marcada para 9h30 neste sábado

Ex-presidente Lula acena da janela do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo em 06/04/2018 (Leonardo Benassatto/Reuters)

Talita Abrantes

Publicado em 6 de abril de 2018 às 19h10.

Última atualização em 6 de abril de 2018 às 19h48.

 

Os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva informaram à cúpula da Segurança Pública que o petista pretende se entregar em São Paulo, após a missa em homenagem à ex-primeira-dama Marisa Letícia marcada para este sábado, 7. Ela faria 68 anos nesta data.

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As informações foram dadas por fontes que acompanham de perto as negociações para a entrega de Lula à Polícia Federal, que ainda não se encerraram, nesta sexta-feira, 6.

Mais cedo, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que dois emissários de Lula negociavam com a PF os termos de rendição para que o petista seja preso. Ainda não há uma decisão sobre como será o procedimento a ser adotado.

O canal de comunicação entre a defesa de Lula e a PF, uma das exigências do despacho do juiz Sérgio Moro, foi aberto no final da tarde de ontem. Pela PF, quem negocia é o delegado Igor Romário de Paulo, chefe da Lava Jato em Curitiba.

O ex-presidente tinha até as 17h desta sexta-feira, 6, para se entregar após a expedição do mandado de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro no processo do triplex, que rendeu ao petista uma condenação de 12 anos e um mês de reclusão.

A PF não realiza prisão após as 18h, mas policiais ouvidos disseram ao Estado que caso o ex-presidente resolva se entregar é possível recebê-lo em São Paulo para depois fazer sua remoção para Curitiba.

O avião da PF já se encontra no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Congonhas.

Nesta sexta-feira, 6, as duas partes se falaram após o término do prazo dado por Moro.

O Estado apurou que, em um primeiro momento, os interlocutores de Lula afirmaram que o petista estava à disposição da PF, mas que ele não iria se entregar. "Que venham me pegar", disse a um aliado.

A posição do petista era de que a PF teria que buscá-lo no lendário Sindicato dos Metalúrgicos, onde fez carreira.

Entretanto, uma fonte da PF afirmou ao Estado que a sinalização dos interlocutores do petista era de que Lula se entrega, mas dentro do "tempo" dele.

Um petista que está no Sindicato dos Metalúrgicos com o ex-presidente disse que ele irá se entregar e que os últimos detalhes estão sendo ajustados com os aliados mais próximos.

 

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