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Lula está em um processo avançado de esclerose, diz Doria

"Nunca vi presidiário dar entrevista na prisão. É um fato inédito no Brasil", completou o governador; país tem casos notórios de entrevistas dadas na prisão

João Doria: tucano falou com os jornalistas após participar da convenção estadual do DEM na Assembleia Legislativa (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de abril de 2019 às 15h45.

Última atualização em 28 de abril de 2019 às 16h49.

O governador João Doria (PSDB) criticou nesse domingo (28), a entrevista concedida pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos jornais Folha de S.Paulo e El País, em que disse, entre outras coisas, que o Brasil era governado por "um bando de maluco".

"Me surpreendeu a entrevista. Nunca vi presidiário dar entrevista na prisão. É um fato inédito no Brasil. O ex-presidente e presidiário Luiz Inácio Lula da Silva parece estar em um processo avançado de esclerose", disse Doria.

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O tucano falou com os jornalistas após participar da convenção estadual do DEM na Assembleia Legislativa ao lado do vice governador, Rodrigo Garcia, que foi eleito presidente da sigla no Estado.

Histórico

A decisão de permitir que detidos deem entrevista depende do juiz, de acordo com advogados ouvidos por EXAME.

Não há legislação específica sobre o tema e as decisões são feitas caso a caso, considerando a manutenção da ordem interna do presídio e um possível prejuízo da pena.

O artigo 41 da Lei de Execução Penal prevê apenas o “contato com o mundo exterior por meio de correspondência escrita, da leitura e de outros meios de informação que não comprometam a moral e os bons costumes” como direito do preso.

Há exemplos notórios de entrevistas realizadas com detidos no Brasil, como a do líder do PCC, Marco Willians Herbas Camacho (o Marcola) ao jornal O Globo em março de 2014, e do traficante Fernandinho Beira-Mar para a TV Record em junho de 2017.

Outros casos de criminosos famosos que receberam a imprensa na prisão foram do ex-médico e estuprador, Roger Abdelmassih, de Suzane von Richthofen, que matou os pais, do ex-prefeito e deputado Paulo Maluf e do traficante Nem da Rocinha.

Futuro

Questionado sobre uma possível candidatura presidencial em 2022, Doria foi evasivo. "Cada passo é um passo. Cada tempo é seu tempo. Agora é tempo de gestão".

Além de Doria, o prefeito Bruno Covas, o ex-ministro Gilberto Kassab e o senador José Serra também participaram da convenção. O governador também falou sobre o futuro do PSDB e defendeu a criação de um código de ética "duro" para o partido.

Doria também defendeu que o PSDB adote uma postura mais liberal na economia. "Nossa defesa é que o PSDB seja um partido liberal. Nem de esquerda, nem direita. Mas de centro".

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